quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Resumo do trabalho: A Logística Reversa na empresa Nogueira & Padilha Ltda – Meio ambiente e Logística



Devido às mudanças em âmbito global que vêm ocorrendo desde a Revolução Industrial, houve considerável modificação nas relações entre as pessoas e as empresas, e estas, com o meio ambiente. No que se refere à produção e o consumo em massa, está cada vez mais visível os problemas que estes acarretam no meio ambiente, principalmente pelos processos produtivos e de descarte. Em virtude disso, devem-se criar mais práticas que estimulem a responsabilidade da empresa sobre o fim da vida de seu produto. O estudo realizado apoiou-se teoricamente sobre conceitos como: sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, cadeia de suprimentos, logística, logística integrada e reversa de pós-consumo e pós-venda. Tendo essas definições como referências e, sabendo-se da influência que estas têm sobre a organização que as aplica, chegou-se à empresa Nogueira & Padilha Ltda – Meio ambiente e Logística e desenvolveu-se o seguinte problema de pesquisa: Os processos de Logística Reversa da empresa Nogueira & Padilha Ltda – Meio ambiente e Logística atendem aos três princípios da sustentabilidade?
Foi então realizada entrevista semi-estruturada aplicada a um dos sócios, análise observacional e documental, sendo assim, foi possível perceber os processos, os fornecedores, os clientes entre outros fatores que influenciavam as atividades da empresa. Quanto às atividades, a organização lida arrecadação de resíduos sólidos de empresas localizadas no Distrito Industrial do Rio Grande por meio de frota própria de caminhões. A maioria dos fornecedores é composta por organizações que apresentam diferentes atividades-fins, ou seja, apresentam grande variedade de subprodutos. Quanto aos clientes, são siderúrgicas de todo o Estado, além do varejo local. Devido às características de cada tipo de subprodutos é realizado o carregamento em caminhão específico.
Na sede da empresa, ocorrem dois processos, classificação da submatéria em ferrosos e não- ferrosos e, após, a separação dos mesmos em reaproveitáveis, em condições de uso, e não utilizáveis, sem condições de uso. A partir da separação dos materiais recolhidos, a empresa destina os insumos reaproveitáveis para a venda no varejo local, fazendo os devidos reparos para isso. Dentre os comercializados pela empresa encontram-se borracha, bucha mecânica, canos, cantoneiras, chapas de ferro, pneus, vigas, roletes e outros. Em contra partida, o material ferroso denominado “sucata”, é comercializado para empresas siderúrgicas do Estado, as quais transformam o subproduto em matéria-prima de sua linha de produção, os derretendo e utilizando-os em seus processos produtivos. Como observação, acrescenta-se que o transporte da “sucata” até a empresa compradora se dá por meio do próprio comprador, eximindo-se responsabilidade da empresa recicladora.
Em seguida da análise, os processos da empresa foram classificados em Logística Reversa de pós-consumo, já que o material descartado, após o uso, acaba retornando a um novo ciclo produtivo e de negócios. E dentro dessa, pode-se classificar ainda em Logística de Remanufatura, a qual é caracterizada pelo fato de a empresa também realizar pequenos reparos em materiais, para que os mesmos possam continuar a exercer sua atividade inicial. Diante dos fatos analisados constata-se que a empresa Nogueira & Padilha Ltda utiliza o processos sustentáveis como um meio de produção e não um fim, visto que, a mesma, executa a logística reversa através do recolhimento, classificação e separação do material coletado das outras empresas, havendo o retorno ao ciclo produtivo ou de negócios. Ocorrendo dessa forma, o fluxo reverso e sustentável no meio de seu processo produtivo e, não como seu objetivo final, já que a reciclagem é realizada por outras empresas as quais se destina o material.
Sendo assim, com base no tripé da sustentabilidade (ambiental, social, econômico), pode-se concluir que a empresa estudada contribuiu para a diminuição de impactos ambientais, pelo fato, de possibilitar a redução da aquisição de matérias-primas novas por empresas de siderurgia. Pelo fator social, de prover emprego e ganhos, e pelos resíduos de outras empresas gerarem rendas a Nogueira & Padilha Ltda, dá-se o pilar econômico, o qual faltava para total caracterização da empresa como atendente dos princípios da sustentabilidade.

Autores:  Bruna Patdorf, Daiane Ferreira, Milena Loureiro, Thiago Oliveira



DESCARTE DE RESÍDUOS HOSPITALARES NO HU

O presente estudo pretende analisar como é realizado o descarte de resíduos farmacêuticos no Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr., bem como identificar os pontos de melhoria em tal processo. De forma a poder oferecer mais segurança aos funcionários e a população em geral. Afinal, são produzidos diariamente em hospitais uma grande quantidade de resíduos, constituídos de lixo comum (papel, restos de jardim, restos de comida de refeitórios e cozinhas), resíduos infectantes ou de risco biológico (sangue, gaze, curativos, agulhas) e resíduos especiais (químicos, farmacêuticos e radioativos). Portanto, a existência de uma logística que corrobore os objetivos organizacionais e as normas brasileiras de saúde é de suma importância para o correto descarte do lixo hospitalar. Para tanto se abordará oque se trata a logística reversa, os resíduos de saúde, o gerenciamento, plano de Gerenciamento e classificação dos Resíduos, bem como, o descarte segregado e acondicionado dos mesmos e, por fim, oque se descobriu com a pesquisa de campo.

Para se adentrar no assunto faz-se necessário compreender o significado da logística reversa. Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos, após finalizada sua utilidade original, retornam ao ciclo produtivo de alguma maneira. Distinguem-se três subsistemas reversos: os canais reversos de reuso, de remanufatura e de reciclagem. Observamos também, a possibilidade de uma parcela desses produtos de pós-consumo ser dirigida a sistemas de destinação final seguros ou controlados, que não provocam poluição, ou não seguros, que provocam impactos maiores no meio ambiente. Neste contexto, pode-se então definir logística reversa como sendo o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado.

Os resíduos de saúde, por sua vez, são definidos perante lei. Como a Res. 283 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 12 de julho de 2001 define Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal, os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde, medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias. Obviamente que, se não forem manipulados adequadamente podem ocasionar acidentes com graves consequências as pessoas e ao meio ambiente.

Fica, portanto, a cargo do responsável legal o gerenciamento dos resíduos de saúde. Os órgãos que geram de resíduos de serviços de saúde, estão obrigados a adotar um Programa de Gerenciamento dos mesmos, o qual constitui em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, normativas e legais com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando e proteção dos funcionários, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Já o plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como a proteção à saúde pública. Os resíduos são classificados da seguinte forma: resíduos do grupo A (biológicos), do grupo B (químicos), do grupo C (radioativos), e do grupo D (comuns). Seu descarte deve ser segregado, bem como, seu acondicionamento. Sua separação se dá no local onde são gerados os resíduos devendo ser acondicionados em recipientes próprios. E seu acondicionamento deve ser feito em dispositivos resistentes e impermeáveis, no momento e local de sua geração, à medida que forem gerados, de acordo com a classificação e o estado físico do resíduo.

A pesquisa de campo, no HU, trouxe à tona a grande dificuldade cultural em relação as tentativas de inserir novos procedimentos no hospital. Recentemente foi instituída a separação do lixo perfuro-cortante, mediante treinamento dos funcionários. Entretanto, há inúmeras falhas na separação deste lixo. Outra questão apontada pela pesquisa é a respeito dos procedimentos da enfermaria, onde muitas vezes após a aplicação dos remédios nos pacientes, foram encontradas agulhas pelo chão dos quartos.

Sendo assim, a questão da reciclagem do lixo, no HU, gira em torno de uma reeducação, tanto por parte dos funcionários, como por parte dos pacientes. É preciso criar campanhas para conscientizar toda a população a respeito deste assunto que, tratado com respeito, pode prevenir doenças e preservar o ambiente. Também seria interessante que o hospital realizasse a separação do lixo para reciclagem. Essa separação consiste em separar o lixo em cinco lixeiras: vidro, plástico, papel, metais e lixo comum. Portanto, levando em consideração as presentes colocações, tais medidas trariam melhorias na eficiência do processo logístico, tendo em vista que a logística reversa é fundamental na administração de um hospital isso seria salutar.















terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Cadeia de Suprimentos Verde: Impactos Positivos e Retorno Financeiro Garantido

Este artigo, de autoria de Danielle Aparecida Gomes, e disponível no site wwww.logisticatotal.com.br, traz uma reflexão acerca do tema da "cadeia de suprimentos verde", assim como os seus pontos positivos e possiveis retornos que tais praticas podem trazer para as organizações.
O conceito de "cadeia de suprimentos verde" surgiu nos anos oitenta, junto com uma onda de preocupações e conscientização por parte da humanidade com os impactos negativos causados pelas empresas ao meio ambiente. Desde então, as empresas começaram a visualizar uma vertente comercial dentro dos conceitos de sustentabilidade, ou seja, era possível agregar valor ao produto vendendo este mesmo produto, ou mesmo a empresa, como “sustentável”. Impulsionadas pelo apelo comercial e também pelos eventos e campanhas em prol do meio ambiente, as organizações passaram a tomar ações concretas em direção à sustentabilidade e ao ecologicamente correto.
Sendo assim, muitas praticas e ações principalmente direcionadas às áreas de reciclagem, gestão de sistemas de iluminação e consumo de água inteligente, deram inicio a um movimento predominantemente preocupado com o meio ambiente. Hoje em dia,já se conhecem inúmeras formas de atuar dentro da cadeia de suprimentos de maneira sustentável.
O conceito de "cadeia de suprimentos verde" sugere que, todos os elos da cadeia de suprimento de uma organização, reduzam os impactos ambientais gerados ao longo da cadeia, que vão somando-se até o consumidor final, ou até a questão do descarte do produto, após o uso.
É necessário, portanto, ampliar a visão dos executivos da sua própria companhia para a cadeia total e ajudá-los a entender que é preciso identificar os impactos ambientais e as oportunidades de redução de custos em cada um dos elos para posteriormente propor em conjunto e através das políticas de parcerias já existentes, melhorias de sustentabilidade que trarão benefícios para a imagem comercial das empresas, para qualidade de vida de colaboradores e da comunidade, além de redução de custos e geração de oportunidade de novos negócios para toda a cadeia.
No entanto, no inicio, muitas questões eram levantadas sobre o retorno de possiveis praticas que reduzissem os impactos ambientais causados pelas empresas, tendo em vista que as praticas verdes geravam custos e os retornos eram de dificil mensuração. Sendo assim, é impossível negar a necessidade de investimentos para tornar sustentável cada elo da cadeia, o que deve ser compensado com a redução de custos como o de energia, água, combustível, não pagamento de multas e indenizações entre outros. Inúmeras são as ações que culminarão na redução desses custos.
Portanto, o profissional de logística e de gestão ambiental são de extrema importância na elaboração e implantação de sistemas e processos que culminem na redução desses custos identificando rotas alternativas para transporte rodoviário, apontando alternativas ferroviárias e hidroviárias, atuando em processos de logística reversa, desenvolvendo sistemas de re-uso da água, definindo lay outs que aproveitem a luz natural, implementando programas de reciclagem de materiais, etc.
Vivenciamos hoje a era dos “consumidores verdes”. O consumo sustentável tem sido cada vez mais uma preocupação importante e um quesito em destaque no momento em que o consumidor decide-se por esse ou aquele produto. Por esse motivo muitas empresas têm se preocupado cada vez mais com uma imagem de responsabilidade ambiental frente ao consumidor a fim de agregar valor ao seu produto dentro de um mercado cada vez mais homogêneo em termos de custo e qualidade.
Contudo, identifica-se que a implantação da Cadeia de Suprimentos Verde gera impactos positivos em todos os parceiros através de ganhos na reputação das empresas além de agregar valor aos produtos e criar novas oportunidades de negócios. Concluí-se também que é necessário quase sempre um investimento operacional inicial para a implantação dos processos sustentáveis, mas que a redução de custos é real e permanente, compensando, portanto, os custos iniciais.
É possível prever que na próxima década teremos Cadeias de Suprimentos Verde sólidas e muito bem estruturada e que surgirão mercados secundários e novas tecnologias geradas pela exploração das oportunidades presentes nesse segmento atualmente.

sábado, 26 de novembro de 2011

Logística Reversa em Reciclagem de Vidros de Automóveis

O Instituto Autoglass, criado pelo Grupo Autoglass, foi declarado como utilidade pública pela Câmara Municipal de Vila Velha, no Espírito Santo. O trabalho realizado pelo Instituto ensina a reciclagem de vidros automotivos e a educação sócio ambiental, atuando principalmente em escolas do município.

O processo reverso se dá quando os vidros são recolhidos em empresas parceiras do grupo, tanto de carros, caminhonetes e caminhões. Eles são encaminhados corretamente para empresas de reciclagem, como a Massfix Comércio de Sucatas de Vidro, em Guarulhos. Diante disso, os vidros são moídos e o material resultante passa por peneiras e aspersão para separar o vidro do PVB (material plástico presente no vidro de para-brisa). Dessa forma se obtêm o retorno desses processos com utilidade ao meio social, isto é, ele pode ser novamente utilizado com outra finalidade pela sociedade, uma vez que o vidro moído é usado na fabricação de garrafas para cerveja e o PVB (material plástico presente no vidro de para-brisa) para fabricação de vernizes.

Com sede no município de Vila Velha (ES) e com filiais em quase todo o país, a Autoglass é a única empresa do setor no Brasil que, desde 2005, aplica a logística reversa em todas as suas unidades. Por meio do Programa Reciglass, atualmente recolhe e envia para a reciclagem cerca de 150 toneladas de vidros automotivos por mês.

Salienta-se ainda que de acordo com Leite, (2003, pag. 16-17) o conceito de Logística Reversa ainda está em evolução, porém, a mesma pode ser entendida como:

(...) a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa entre outros.

http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2011/02/18/logistica-reversa-em-reciclagem-de-vidros-de-automoveis

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003, 3ª reimpressão 2008.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pérfuro-cortantes no HU - FURG

Se não forem manipulados adequadamente podem ocasionar acidentes com graves conseqüências para os trabalhadores, que podem contrair doenças como hepatite e AIDS além do que podem contribuir para a infecção hospitalar.
No HU esse material é coletado pelas técnicas de enfermagem após a aplicação nos pacientes, e encaminhados para a caixa amarela, localizadas nas unidades do hospital (clinica médica, cirurgica, pediatrica, UTI Neonatal,..). Posteriormente, o serviço de higienização faz o recolhimento desse material e os encaminha para o expurgo, onde a emprese Rio Grande Ambiental faz o recolhimento. Esse material é prensado, autoclavado e encaminhado para o aterro.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Logística reversa da garrafa PET

O polietileno tereftalato, o PET, foi sintetizado em 1941 pela ICI (Imperial ChemicalIndrustries), sendo muito utilizado na fabricação de fibras sintéticas para a indústria têxtil. NoBrasil, somente em 1989 iniciou-se a produção da garrafa PET (LEITE, 2003:196). A garrafa PET tem sido utilizada, desde então, em larga escala como embalagem para bebidas, com suas caracteristicas únicas: leveza, resistência, segurança, brilho e transparência, demonstra ser uma ótima opção para as industrias de bebidas.
Com o aumento populacional e do consumo faz com isso as industrias produzem mais, utilizando cada vez mais recursos limitados nos seus processos produtivos, e o destino dos produtos prontos depois de serem consumidos pode ser a resposta para reduzir custos e colaborar para um planeta mais sustentável. Hoje em dia temos a tecnologia necessária para fazer a reciclagem da garrafa PET e transformar em matéria prima para entrar no ciclo produtivo de novo, tanto na forma de garrafa como de camisas, sapato de couro sintético e muitos outros produtos. Reciclagem vem do inglês recycle (re= repetir e cycle= ciclo).
O processo de logística reversa de pós consumo da garrafa PET possuí varios atores, depois que o consumidor compra e consome o produto, a garrafa terá dois destinos, um vai ser o descarte no meio ambiente, em lixos e em ruas e através da coleta de lixo urbano pode chegar a lixões, aterros sanitários... O outro destino é a entrega diretamente a instituições especializadas com interesse na reciclagem do produto, ou fornecer apoio ao processo, como: Empresas de triagem, cooperativas de catadores, sucateiros. As garrafas que percorreram o primeiro caminho, sendo descartadas em vias públicas, podem vir a ser coletadas pelos catadores nas ruas, em lixos e lixões, que as venderão para os sucateiros e para as empresas de triagem, que por sua vez as venderão para a industria de reciclagem que transformará as garrafas em "flake", material que serve como matéria-prima para recomeçar um novo ciclo de produção de garrafas PET.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Idealização em Logística: o Porto dos sonhos


             As características que determinam a Competitividade de um Porto marítimo são várias, porém, passíveis de apontamento. Como princípios um porto deve garantir a segurança de quem nele trabalha, das cargas transportadas e permitir ganhos financeiros.
            Para ser competitivo, um porto deve estar situado próximo a grandes rotas marítimas, dos centros de produção ou de consumo, ter capacidade exponencial, calado, bacia interior e extensas áreas, para que possa desenvolver sua atividade-fim.
            Para garantir a segurança das pessoas que nele trabalham deve detectar e eliminar perigos; avaliar os riscos: o risco resulta de um perigo não eliminado que persiste na situação de trabalho, sua origem, natureza, conseqüências e exposição ao trabalhador.
            O trabalho deve ser adaptado as qualificações do corpo de trabalho, visando potenciar o conceito de prevenção integrada, ou seja, que todos os fatores do trabalho devem ser, tanto quanto possível, concebidos e organizados em função das características das pessoas que o executam. As técnicas de trabalho devem atender ao estado de evolução das ciências que dizem respeito aos procedimentos empregados na rotina dos portos, com a evolução tecnológica surgem novos perigos/riscos, mas também são apresentadas novas soluções preventivas integradas nos componentes de trabalho e métodos mais eficazes de avaliar e controlar riscos.
Substituir aquilo que oferece perigo, planificar a prevenção, este princípio visa conferir à prevenção um sentido coerente. Pressupõe que as medidas de prevenção só produzem efeito duradouro e eficaz quando se articulam coerentemente entre si, de acordo com a política de gestão da empresa. Priorizar a proteção coletiva sobre a proteção individual, este princípio permite a transição da prevenção para a proteção. A proteção individual deverá entrar quando/e se a proteção coletiva for tecnicamente impossível ou insuficiente.
Formar e informar, estes conceitos devem estar presentes na aplicação de qualquer um dos outros princípios, por constituírem a abordagem preventiva central.
No entanto, é a nível internacional que neste domínio foram tomadas medidas de âmbito universal pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Organização Marítima Internacional (IMO). A OIT visa melhorar as condições de trabalho, neste sentido, em 1976 lançou "o programa internacional para a melhoria das condições e do local de trabalho (PIACT), com o objetivo de "tornar o trabalho mais humanizado". O programa permitiu desenvolver ações normativas, organizar reuniões tripartidas, efetuar estudos e recolher e difundir informações. A este propósito, publicou a obra "Segurança e higiene no trabalho portuário". A IMO, tendo por incumbência garantir a segurança da navegação, adaptou também convenções e recomendações que reforçam esta segurança da navegação e, deste modo, melhoram igualmente a segurança nos portos.
            Além disso, os trabalhadores devem contribuir para a sua própria segurança, e não entravarem as medidas tomadas para este efeito. Um porto deve possuir: Iluminação adequada dos locais de trabalho, qualidade dos solos, zonas de circulação, meios de luta contra incêndio, segurança das máquinas, instalações elétricas seguras, acesso aos navios, abertura das cobertas dos porões, ventilação dos porões, aparelhos de elevação (ensaios, exames periódicos, segurança de funcionamento e estabelecimento de certificados, dispositivos de segurança, cargas máximas), organização dos terminais de contentores, movimentação, acondicionamento, sinalização das mercadorias perigosas,
equipamentos de proteção individual, exames médicos periódicos aos trabalhadores, constituição do comitê de higiene e segurança, criação de instalações sanitárias.
            Enfim, caso observadas todas as medidas apontadas um porto marítimo será ideal para a realização de suas atividades meio e fins, para que as pessoas que neles trabalhem possam executar suas tarefas de maneira adequada e com segurança, sendo assim, sem haver risco de perda das cargas que por ele transitam.


Referências:

http://joresimao.blogspot.com/search?updated-max=2011-11-12T18:34:00-08:00&max-results=1 Acessado em 16 de novembro às 9 horas.


http://joresimao.blogspot.com/2011/03/os-portos-do-brasil-em-2010.html  Acessado em 16 de novembro às 11 horas.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Modal Virtual

O Modal Virtual é um novo meio de transporte de produtos/serviços que vem sendo aplicado de diversas formas e em diferentes níveis de negócios. O objetivo do modal virtual é a entrega de produtos mais rápida, com menos estoques e a um menor custo.

O conceito de Modal Virtual o descreve como "todo sistema de entrega de um produto não físico, entregue ao cliente ou consumidor via internet ou por transmissão eletrônica de dados".

Nosso conhecimento sobre modais, nos leva a compreender a entrega de cargas indicando especificamente um produto físico, não existindo, portanto, a possibilidade de entrega virtual. No entanto, o Modal Virtual está próximo e presente das nossas vidas.

Os modelos de produtos atendidos pelo Modal Virtual são: a música em formato MP3, livros eletrônicos ou e-books, filmes em Pay Per View (PPV), serviços em EAD (Educação à Distância) e softwares construídos sob encomenda.

A exemplo da funcionalidade do Modal Virtual, temos o Wal-Mart, que acaba de lançar o primeiro Download Center do Brasil, em parceria com a Coolnex Entretenimentos, em sua unidade de Alphaville. São totens que permitem ao usuário baixar músicas digitais legalizadas, através de equipamentos interativos, semelhantes às máquinas dos aeroportos para checkin. O cliente pode criar o seu próprio CD ou transferir músicas para seu tocador digital. O acervo oferece mais de 400 mil músicas e é atualizado semanalmente. As faixas custam a partir de R$ 0,99.

A expansão e consolidação do modal virtual como meio de negócios é um fato inevitável e irreversível. As vantagens apresentadas vão desde a redução de custos com estoques, atendendo o preâmbulo competitivo do conceito de just in time, custos de embalagens e transportes até mesmo à disponibilidade e redução das fronteiras para o consumidor, devido ao seu poder de alcance e capacidade.

A modalidade virtual pode ser estendida a diversos serviços como compra de ações, leilões, tratamento e formatação de documentos, serviços governamentais, serviços de consultoria e serviços de certificação digital, entre outros.

http://logisticatotal.com.br/artigo/relacionados/logistica/1

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Análise da área logística no processo de transição de Distribuidora para Broker da Nestlé

Verdes Mares Distribuidora é a empresa fornecedora dos produtos alimentícios da Nestlé, localizada no estado de Alagoas, que passou por mudanças no seu canal de distribuição, deixando de ser um distribuidor para se tornar um Broker que é uma empresa contratada pela indústria para distribuir suas mercadorias ao varejo de forma diferenciada. Ele consegue disponibilizar um preço mais acessível, por não precisar manter um estoque próprio e serem isentos de impostos, pelo fato de não emitirem notas fiscais em seu nome. Além disso, esse canal disponibiliza uma maior facilidade de crédito, por ser um importante referencial.

Os principais produtos de distribuição da empresa são divididos em duas linhas de abastecimento, a linha de refrigeração composta por produtos da Sadia, Batavo e outros; e a linha seca de Biscoitos, Cereais e Achocolatados e outros, que correspondem somente a produtos da Nestlé.

A Nestlé sempre foi um dos principais fornecedores da empresa e também o único que realiza avaliações com maior rigidez, trabalhando com um sistema de controle e qualidade, sendo avaliada semestralmente de acordo com os critérios do manual avaliativo da Nestlé, conhecido como STARD - Solução Total de Atuação em Resultados de Distribuição.

A Verdes Mares Distribuidora LTDA, por trabalhar com outros fornecedores, não atendia todos os tópicos avaliativos da Nestlé, por não separar o controle de distribuição, dificultando assim um alcance das exigências contidas no STARD. Com isso, visando uma melhoria, a empresa buscou ter um maior controle no sistema de distribuição dos produtos.

No ano de 2007 a Distribuidora recebeu uma proposta da Nestlé, para passar de DAN para Broker, tornando-se um agente condicionado de movimentação e vendas da Nestlé, ou seja, exclusividade na distribuição de produtos. O proprietário da empresa decidiu em abrir uma nova distribuidora, para atender às restrições dessa proposta e modificações para alcançar esse crescimento, a RT Logística. Inicialmente a RT Logística atuou como DAN, e à medida que foi aprimorando seus procedimentos, de acordo com as normas de avaliação da Nestlé, alcançou o título de Broker em setembro de 2009. Este título foi almejado pela empresa, por ter conseguido a 13º colocação de todo o Brasil, atendendo a 92% das obrigações contidas nos capítulos do STARD.

A empresa busca o aprimoramento das atividades logísticas sempre de acordo com as normas da Nestlé e investiu na transição de Dan (Distribuidores Autorizados da Nestlé) para Broker por meio das principais atividades primárias e secundárias:

TRANSPORTE: como Broker a atividade de transporte proporcionou uma redução no custo de entrega pela aquisição de veículos menores compatíveis com a quantidade de mercadorias a serem distribuídas, obtendo uma melhor utilização do espaço.

GESTÃO DE ESTOQUE: o controle de mercadorias vencidas e avariadas teve uma melhor gestão, diminuindo dessa forma essas ocorrências e melhorando a capacidade da empresa em criar parâmetros de qualidade.

PROCESSAMENTO DE PEDIDOS: a utilização do Palm Top agilizou o pedido dos produtos, reduzindo os prazos de entrega e aumentando a satisfação dos clientes, assim como as notas fiscais, que passaram a ser emitidas pela Nestlé, reduzindo impostos para a empresa e conseqüentemente diminuindo o valor final do produto.

ARMAZENAGEM: teve grande destaque nessa transição mostrando os principais benefícios que a empresa obteve. A mudança de armazém foi o primeiro passo dado pela empresa para que o novo título fosse alcançado. No novo galpão os produtos ficaram com uma melhor organização, sendo estocados de forma adequada, com todos os requisitos exigidos pela Nestlé.

A logística busca por meio das suas atividades uma integração das áreas da organização, adaptando sua forma de gestão utilizando ferramentas que mantenham a empresa a frente do mercado competitivo e atendam cada vez mais as necessidades dos consumidores, que estão mais exigentes. Nesta área estão surgindo novas formas de estratégia para o gerenciamento de uma organização, proporcionando melhorias que possam resultar no crescimento da empresa. E percebe-se que o Broker é uma nova tendência em distribuição que possibilita a indústria chegar aos pontos de vendas de maneira diferenciada, tornando-a mais competitiva.

http://www.aedb.br/seget/artigos10/520_Distribuidora_Broker.pdf

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O artigo, em questão, trata-se de uma analise da maneira pela qual a cooperativa de produção de alimentos Coamo utiliza a logística para superar a temporada ruim. Ele foi publicado pela revista Amanhã, gestão, economia e negócios, em julho/agosto de 2010.

A cooperativa de alimentos Coamo soube aproveitar o boom nos preços das commodities agrícolas em 2007/2008, que ocorreu em função do temor global que havia em torno de uma possível crise na oferta de alimentos. Porém, em 2009 tudo mudou devido à crise financeira internacional. Houve dificuldades na comercialização dos produtos, embora os volumes de vendas tenham sido elevados os preços diminuíram. Em suma a crise ocasionou uma queda de 20% e 25% nas cotações. Entre os produtos depreciados estavam justamente aqueles que sustentam o caixa da Coamo (milho, soja e trigo). E para agravar os problemas a região que concentra grande parte da produção da cooperativa sofreu com o clima.

Na temporada recente e a de 2009/2010, o clima se normalizou e a produção voltou a crescer, para falar a verdade foi à maior safra de todos os tempos da cooperativa. Mas com os preços ainda baixos a Coamo tem dificuldades em recuperar o antigo ritmo de crescimento, pois existem excedentes mundiais de milho, soja e trigo. A situação estava especialmente ruim para milho e trigo.

Para se driblar esse quadro a Coamo resolveu investir em logística, tanto de transportes quanto de armazenagem. Para se ter uma idéia, em maio, a cooperativa aprovou um orçamento de 200 milhões para essa área até 2012. Sendo a maior parte investida em 2010. Cerca de 30 milhões já foram destinados a aquisição de 70 veículos, 20 carretas e 50 caminhões bitrem. Os outros 170 milhões serão destinados para a armazenagem, com a ampliação e modernização de 43 dos 114 entrepostos que a Coamo possui. Além disso, ela vai abrir sete novos entrepostos para se aproximar ainda mais de seus mais de 22 mil produtores.

Para a Coamo foi uma excelente idéia investir na logística para diminuir custos. No investimento do modal rodoviária isso se viu, já que, ele é adequado para deslocar cargas em pequenas e médias distâncias, possui freqüência e disponibilidade altas, velocidade e conveniência, bem como, é o mais utilizado no país atingindo quase todos os pontos do nosso território. Essa escolha se torna vital devido ao número de produtores que a Coamo lida e seus vários entrepostos, pois a redução do tempo entre pedido e entrega do produto com uma roteirização mais eficaz, assim como o respeito aos prazos de entrega reduzem custos logísticos. A Coamo, também obterá com isso uma melhora do fluxo da cadeia produtiva, isto é, poderá repassar seus produtos mais rapidamente para todos seus clientes reduzindo o ciclo de reposição total da cadeia logística e sendo mais responsiva ao mercado. A Coamo, obterá um ganho de eficiente da gestão de frotas, essencial para o crescimento da cooperativa, e diminuiu custos de transporte, bem como, afinou os relacionamentos comerciais da cooperativa. A criação de novos postos de armazenagem, por sua vez, reduzirá o represamento dos seus produtos diminuindo o tempo de produto parado, do ponto de origem até o de consumo, com o propósito de conformidade com os requisitos exigidos pelos clientes.

Sendo assim, fica claro perceber que a Coamo vê a logística como algo de grande importância estratégica para seu sucesso empresarial. Percebe-se um interesse de buscar a integração dos seus processos industriais e comerciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para seus clientes. Não é estranho, tendo em vista todo o mencionado, que a maior e mais rentável cooperativa de produção almeje crescer nos próximos anos, pois superando as dificuldades como essa gigante faz isso é mais que natural.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Walmart inaugura primeiro centro de distribuição ecoeficiente do País

A Walmart inaugurou esse ano o primeiro centro de distribuição ecoeficiente do país. Com um custo de R$ 90 milhões, irá abastecer hipermercados de 4 Estados, além do Distrito Federal. A cidade escolhida para a instalação do CD foi Betim-MG, justamente por estar muito bem localizada estrategicamente.

Consequentemente, o investimento agregará mais agilidade na distribuição de mercadorias, diminuindo possíveis problemas no estoque de produtos disponíveis e realizando um melhor atendimento aos clientes. Além disso, foi possível diminuir os custos de transportes, possibilitando uma redução no preço dos produtos.

Já no que diz respeito à preocupação com a sustentabilidade, a empresa tanto ajudou o meio ambiente, como também minimizou o seu consumo de água e luz. Essa economia acontece, entre outros motivos, pelo fato de se utilizar a luz solar e a captação da água da chuva para suprir essas necessidades.

Portanto, pode-se concluir que esse novo Centro de Distribuição da Walmart trará para a empresa uma diminuição nos seus diversos custos. Logo, isso resultará num ganho em competitividade frente aos concorrentes pois o preço do seu produto final será reduzido.

http://www.transportabrasil.com.br/2009/08/walmart-inaugura-primeiro-centro-de-distribuicao-ecoeficiente-do-pais/

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Centros de distribuição facilitador das organizações

Depois de tempo e custos excessivos as empresas descobriram o quanto um centro de distribuição pode diminuir tanto no custo quanto o tempo. Através dos DCs as organizações estão tercerizando a parte da distribuição para empresas especialistas em distribuição regional, que os centros de distribuição, os quais anteriormente só faziam o recebimento e o armazenamento, agora vão do processamento de pedidos, separação e embalagem de itens, preparação de kits, customização, etiquetagem, gerenciamento de estoque, consultoria fiscal, paletização, carregamento, transporte e distribuição de cargas, roteirização e rastremento, cross-docking e locação do espaço.
Na reportagem podemos ver que grandes empresas de celulares, alimentos estão investindo forte nos centros de distribuilção, acerretando em um novo tipo empresas de logística.
http://www.multistrata.com.br/site-brasilian/biblioteca/distribuicao_alacarte01.htm