terça-feira, 23 de outubro de 2012

Aplicações da tecnologia da informação ao longo do Ciclo de Pedido

O Ciclo de Pedido é o elo que conecta fornecedores e clientes em uma operação logística. É o processo elementar que produz o Nível de Serviço de um fornecedor para seu cliente. O Ciclo de Pedido, em geral, segue uma sequência de atividades integradas, conforme verificamos na figura 1.
Ciclo de Pedido
O serviço percebido pelo cliente depende da eficiência com que o Ciclo de Pedido é executado. Sua duração indica a rapidez do serviço logístico; sua variância afeta o nível de confiabilidade do serviço, enquanto a visibilidade garante a agilidade na eventual remediação de falhas.
Para o fornecedor, a construção e operação dos inúmeros ciclos-de-pedidos, um para cada um dos seus clientes, consomem recursos físicos e humanos que impactam os custos e a rentabilidade do negócio.
A Tecnologia de Informação oferece imenso potencial para aumentar a eficiência operacional do Ciclo de Pedido. Automação, visibilidade, conformidade e suporte à decisão são alguns dos aspectos relevantes em que a TI faz a diferença.
As vantagens de aplicar a TI ao longo do Ciclo de Pedido são inúmeras: redução de tempos, diminuição da variância, aumento da conformidade às regras de negócio, redução de mão-de-obra, redução de custos com remediação de falhas, etc. Contudo, a velocidade com que a TI vem se desenvolvendo é muito maior do que a sua aplicação e disseminação nas empresas. Perto de tudo que a TI pode oferecer para a competitividade de uma empresa, as companhias brasileiras ainda têm muito para evoluir.
Para ampliar as oportunidades, é necessário primeiro conhecer melhor as tecnologias disponíveis: estar atento às inovações e entender as vantagens e limitações das soluções lançadas no mercado. Além disso, é fundamental desenvolver um modelo de análise que compare custos e benefícios de forma exaustiva e completa, e estime de forma consistente o retorno sobre investimento (ROI).
O objetivo deste artigo é descrever as tecnologias mais relevantes disponíveis para aplicar ao longo do Ciclo de Pedido e apresentar algumas práticas essenciais para conduzir uma análise de viabilidade técnica e econômica.
Tecnologias aplicadas ao Ciclo de Pedido
Order Management Systems (OMS) é a referência no mercado provedor de software para os sistemas de gerenciamento integrado de pedidos. São aplicativos que servem de “guarda-chuva”, sob o qual o passo-a-passo no processamento de pedidos é integrado e controlado. É o ponto de partida para entender a configuração de tecnologias da informação aplicadas ao Ciclo de Pedido.
O escopo de um OMS deve abranger desde a emissão de pedidos até o fechamento dos mesmos. É a implantação da abordagem ponta-a-ponta (end-to-end) no gerenciamento do ciclo de vida de um pedido, ou seja, do processo integrado da emissão ao pagamento dos pedidos (from order to cash).
Alguns provedores de tecnologia oferecem soluções de OMS que vão além de apenas controlar o fluxo de processamento de pedidos. Existem soluções chamadas de VMI (Vendor Managed Inventory) – gerenciamento de estoque pelo fornecedor –, nas quais o sistema monitora o nível de estoque do cliente e gera pedidos de reposição automática, baseado em regras colaborativas. A partir daí, o pedido é processado até sua entrega e pagamento.
A implantação de um software de OMS oferece muitas vantagens. Uma delas é a automação do processamento do pedido, ou seja, a eliminação de tarefas manuais, demoradas e com risco de erros e retrabalhos. A automação reduz a duração e a variância do tempo de processamento.
Outra grande vantagem é a visibilidade que o sistema cria ao longo de cada etapa do processamento de pedidos. Essa visibilidade permite um gerenciamento da rotina de trabalho (workflow) e garante a máxima conformidade com as regras de negócio e política de serviço ao cliente. Além disso, monitorar o fluxo do pedido passo-a-passo permite uma atuação contínua no sentido de “desencalhar” os pedidos retidos em uma etapa, como, por exemplo, pedidos retidos na verificação de cadastros, crédito ou estoque.
A tendência dos OMS é oferecer funcionalidades que permitem configurar e parametrizar regras de negócio, além de facilitar a integração com outras tecnologias. Vejamos as tendências mais relevantes:
Entrada de Pedidos
Os avanços na tecnologia da informação permitem automatizar a emissão, captura e transmissão de pedidos. O EDI (Eletronic Data Interchange) é a tecnologia mais usual para automatizar a entrada de pedidos e ser integrada aos OMS. O EDI usa um formato de dados estruturado e padronizado que permite que os dados sejam transformados e processados nos OMS, sem serem reintroduzidos (ou digitados manualmente). O EDI filtra pedidos fora de conformidade e gera protocolo de entrada de pedido, formalizando o início do Ciclo de Pedido. Muitos provedores de EDI oferecem também o web-EDI, uma solução que aproveita as conveniências da internet para reduzir complexidade e custos com o uso de um EDI.
Outras soluções menos estruturadas têm sido desenvolvidas a partir de práticas mais simples, como o uso de e-mail ou SMS (Short Message Service) para entrada de pedidos. A grande diferença é que o conteúdo de uma mensagem de e-mail ou SMS dificilmente será processado pelo sistema receptor, enquanto mensagens de EDI são estruturadas para um processamento automático.
Rapidez e conformidade na entrada de pedidos (menos erros e retrabalhos) são algumas das muitas vantagens de implantar as tecnologias da informação, como o EDI, nesta etapa do Ciclo de Pedido.
Liberação de Pedidos
Uma vez que os pedidos são recebidos, uma série de verificações é essencial para filtrar os pedidos fora de especificação e que podem gerar retrabalhos ou outras formas de desperdício.
A tendência dos OMS é oferecer funcionalidades com a quais se pode parametrizar regras de negócio e requerimentos de serviço e criar verificações automáticas que filtrem pedidos fora de especificação. As verificações mais comuns incluem: cadastros de clientes (nomes, códigos, endereços, etc.); condições comerciais (preços e formas de pagamento); condições de crédito (limites e regras de liberação); e requerimentos de serviço (prazo de entrega, pedido mínimo, condições de entrega, etc.).
Essas verificações requerem uma integração com outros sistemas, como, por exemplo, a integração do OMS com os cadastros corporativos de clientes e produtos; ou a integração com o sistema de contas a receber para verificação de condições de crédito.
É comum, entretanto, haver um alto nível de “customização” dessas funcionalidades, devido à flexibilidade muitas vezes exigida para tratar as regras de negócio e requerimentos de serviço ao cliente. Para tanto, os OMS são escritos para oferecerem os chamados “exit points” em seus programas, ou seja, pontos de saída, nos quais uma rotina ou programa “customizado” podem ser incluídos justamente para permitir configurações especiais, sem necessariamente alterar a estrutura padrão do software.
Consistência na aplicação das regras de negócio e a eliminação de tarefas manuais são os benefícios potenciais com o desenvolvimento do módulo de Liberação de um OMS.
Promessa de Disponibilidade
Após a etapa de Liberação, pedidos liberados (também chamados de clean orders) são passados para a etapa que verifica a disponibilidade de produto para atendimento.Essa etapa depende da estratégia de atendimento do fornecedor. Duas estratégias são típicas: atendimento do estoque (make-to-stock) ou atendimento sob encomenda (make-to-order).
No primeiro caso, a verificação de disponibilidade consiste em confrontar a quantidade pedida contra a disponibilidade de estoque. Para aquelas empresas que já adotam o conceito ATP (available to promise), essa verificação determina a primeira data em que o pedido poderá ser atendido, considerando a projeção de estoque ao longo do tempo. A tendência aqui é construir o OMS integrado com os sistemas de planejamento e controle da cadeia de suprimentos (supply chain planning systems). “Enxergar” os estoques ao longo da cadeia, ao longo do tempo, é essencial.
Para as empresas que ainda não evoluíram para o ATP, a verificação de estoque é contra a posição fisicamente armazenada e disponível nos armazéns ou Centros de Distribuição (CD). Aqui o OMS deve ser integrado com o sistema WMS (Warehouse Management System), que controla entradas, saídas e inventário de mercadoria nos armazéns e CDs. Neste caso ainda é comum encontrar no OMS funcionalidade para administrar os pedidos pendentes (back orders) e integrar essa informação com os sistemas de gerenciamento de estoques, produção ou compras.
No caso de atendimento sob encomenda, a verificação de disponibilidade deve levar em consideração a fila de pedidos programados e outras restrições de capacidade. Neste modelo de atendimento, o tempo de produção passa a fazer parte do tempo do Ciclo de Pedido. A administração da fila de pedidos é a questão mais crítica para garantir consistência na data prometida de entrega. Nesses casos, verifica-se que os OMS vêm sendo integrados a sistemas que gerenciam a programação de produção, como, por exemplo, os Finite Capacity Scheduling Systems.
Para todos os casos acima, uma funcionalidade importante que deve aparecer nos OMS é a aplicação de regras de priorização no atendimento de pedidos. Nem sempre o fornecedor tem estoque e/ou capacidade para atender a todos os pedidos, conforme requisição. Uma priorização se faz necessária. Um aplicativo que permite configurar regras e aplicá-las de forma automática é fundamental para garantir o gerenciamento adequado no nível de serviço ao cliente. Esta é outra funcionalidade importante dos OMS e que deve comportar flexibilidade para diferentes configurações.
O módulo de promessa de disponibilidade é essencial para melhor administrar o nível de serviço ao cliente e alinhar decisões de atendimento com a política de estoque, produção ou compras.
Programação de Transportes
Uma vez estabelecida a data para atendimento, é necessário providenciar o transporte para entrega. Para tanto, o pedido deve ser integrado a sistemas conhecidos como TMS (Transportation Management Systems), onde será realizada a formação de carga e otimização de rotas, programação de carga e descarga nas origens e destinos, e escolha e agendamento com transportadoras.
Os provedores de TMS têm evoluído para também se integrarem com tecnologias de rastreamento e monitoramento. Estas ferramentas de rastreamento e monitoramento incluem avanços em tecnologia satelital (GPS), telefonia móvel (GPRS) e até radiofrequência (RFID). A tecnologia de rastreamento, integrada ao TMS, permite obter uma visibilidade de veículos, cargas e pedidos ao longo do ciclo de transporte, desde o carregamento na origem até a entrega no destino. Essa visibilidade ajuda na gestão de risco e na remediação de falhas.
Muitos aplicativos de TMS ainda concluem o processo com funcionalidades de auditoria de frete, automatizando o processo de contas a pagar dos serviços de transporte.
Reduzir custos de transporte, melhorar nível de serviço e criar visibilidade de entregas são as principais vantagens de implantar um TMS integrado ao OMS de uma empresa.
Expedição
Programado o transporte, é necessário preparar a mercadoria para embarque. Aqui a tendência é facilitar a integração do OMS com os sistemas de WMS (Warehouse Management System), cujas funcionalidades têm evoluído para obter máxima produtividade das operações de separação, conferência e carregamento.
Os WMS são sistemas que têm aproveitado o desenvolvimento de outras tecnologias, como código de barras e radiofrequência (RFID). Estas tecnologias permitem capturar dados da movimentação física de produtos, desde o recebimento até a expedição, passando pelo armazenamento. A evolução dessas tecnologias permite automatizar operações de movimentação e armazenagem, além de criar visibilidade e capacidade de rastreamento de cargas, pedidos e materiais nos armazéns.
Redução de custos, redução de tempos, redução de erros na expedição, redução de mão-de-obra são algumas das muitas vantagens de implantar a tecnologia de informação da expedição de mercadoria.
Controle de Entregas
Aproveitar a visibilidade das tecnologias de rastreamento e monitoramento vem sendo um desafio para assegurar disponibilidade de informação para controlar o processo de entrega de pedidos. Uma funcionalidade ainda em desenvolvimento é a obtenção de comprovante eletrônico de entrega.
A visibilidade também suporta os centros de atendimento a clientes (contact centers), que atendem aos chamados de clientes (internos e externos) que questionam o status dos pedidos e buscam suporte para remediação de falhas.
Sistemas de análise e geração de relatórios têm sido desenvolvidos e integrados aos OMS para aproveitar a base de dados formada pelas transações com as entregas. Estes sistemas permitem que fornecedores gerem indicadores de desempenho para promover melhoria contínua no Ciclo de Pedido.
Análise de viabilidade técnica e econômica 
Um princípio básico para avaliar a viabilidade de investimentos em tecnologia é o de que TI segue processos. Isto significa que, antes de qualquer iniciativa de prospecção, seleção e aquisição de tecnologia, a empresa deve fazer um mapeamento completo, amplo e integrado de seus processos de negócio. Uma abordagem abrangente permite identificar, de forma exaustiva, as oportunidades de redução de custos e melhoria de serviço necessários para justificar os investimentos em tecnologia. Além disso, uma visão integrada também permite identificar os esforços requeridos para implantação e definir a melhor estratégia de mudança.
Outro ponto importante a considerar é o modelo de aquisição, que determina os custos de ter e manter a tecnologia. No caso da tecnologia de informação, a tendência é haver mais ênfase no uso e menos na posse da tecnologia. Na prática, vemos provedores de software oferecendo soluções hospedadas em seus próprios “Data Centers”, em um modelo de negócio conhecido por SaaS (software as a service). Neste caso, o comprador paga uma tarifa proporcional ao uso. Evita-se, assim, o desembolso inicial do investimento presente no modelo tradicional de licenças permanentes. Indo além, outros provedores oferecem serviços de terceirização, em que, além do acesso ao software, são incorporados outros serviços de processamento, contando com pessoas em organização especializada. Este modelo é conhecido como BPO (business process outsourcing).
Por fim, uma análise de viabilidade deve ser suportada por um modelo quantitativo, no qual o retorno sobre investimentos (ROI) deve ser calculado e aprovado pela alta administração da empresa. Modelos clássicos de engenharia econômica podem ser suficientes.
Outras oportunidades 
Vale destacar que tudo o que foi apresentado até agora neste texto pode ser aplicado a qualquer tipo de pedido ao longo de uma cadeia de suprimentos. Pedidos de compra, pedidos de transferência de estoque, pedidos de logística reversa, etc. Todos estes tipos de pedidos têm seu respectivo Ciclo de Pedido e, portanto, podem se beneficiar com a aplicação das tecnologias da informação para melhorar seus processos e gestão.
Também vale destacar a tendência de se construir modelos colaborativos entre fornecedores e clientes, nos quais o compartilhamento de processos e sistemas é essencial para capturar sinergia operacional. Existem provedores de tecnologia que já oferecem serviços de gerenciamento da troca de dados, informações e pedidos entre fornecedores e clientes. A ideia vem evoluindo no sentido de criar-se uma rede desses fornecedores e seus respectivos clientes, todos se beneficiando das vantagens de compartilhamento, padronização e integração. É o movimento sem volta de avançar os sistemas de informação para além das fronteiras de uma empresa, para abranger múltiplas organizações.
Por fim, vale lembrar que a eficiência do Ciclo de Pedido não depende apenas da aplicação da tecnologia da informação no nível operacional. Fundamental também é a integração dos processos do Ciclo de Pedido com os processos de planejamento tático e estratégico da empresa. Os dados gerados pelas transações do Ciclo de Pedido são essenciais para suprir os modelos analíticos de planejamento que, por sua vez, geram as decisões que dimensionam as capacidades requeridas para atender à demanda. Esse ciclo integrado de planejamento, execução e controle é que faz o processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos atingir os resultados esperados, sendo que a TI é um elemento viabilizador indispensável.
Arthur Hill
Sócio diretor da Movimenta Serviços Logísticos
arthur.hill@movimentalog.com.br
(11) 9202-8104
Fonte: Revista Tecnologística; http://www.tecnologistica.com.br/artigos/aplicacoes-da-tecnologia-da-informacao-ao-longo-do-ciclo-de-pedido/
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Logística de Distribuição de Lojas de Departamento


Sabe-se que a logística voltada para o varejo consiste no gerenciamento do fluxo físico de produtos desde os fornecedores até a entrega efetiva para os clientes. Trata-se de um procedimento de total importância para as empresas atuais, pois agregam valor nos seus serviços e/ou produtos, no momento em que entregam a mercadoria que os consumidores necessitam, na qualidade requerida e no tempo almejado. Com a introdução do comércio eletrônico os processos logísticos se tornaram ainda mais complexos, porque antes tinham funções básicas como armazenar mercadorias no centro de distribuição até serem solicitadas pelo cliente, após esse avanço tecnológico acumularam outras funções como, por exemplo, colocação de código de barras, empacotamento de mercadorias,... Cabe também ressaltar que fluxo de informações entre os varejistas e os fornecedores se aprimoraram através de um sistema que permite a troca de dados via computador, denominado Troca Eletrônica de Dados (EDI).

De acordo com um estudo realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV) as lojas de departamentos mais citadas são:


Americanas:

Com o intuito de lançar seu site comercial acessível na rede, em 1999, criou-se uma equipe nas Lojas Americanas S.A. (LASA) onde seu lema era "Grandes marcas e preços baixos todos os dias". Após quase um ano depois o site foi lançado em rede nacional, e hoje existem três sites integrados: americanas.com, lojasamericanas.com e lasa.com. Em relação aos processos logísticos e operacionais o estudo aponta uma série de sinergias com a LASA, incluindo o espaço físico contíguo, o que tende trazer alguns ganhos, mesmo sendo empresas separadas. Com relação aos aspectos ligados a logística de distribuição (média do tempo de envio) a empresa disponibiliza em seu site o menu minhas compras, onde exibe a previsão de entrega. A organização alega que o prazo de entrega varia de acordo com quatro fatores: forma de pagamento, disponibilidade do estoque, tempo de processamento dentro do centro de distribuição, tempo real para o parceiro fazer a entrega (todo esse procedimento é transmitido em tempo real on-line). A LASA possui três centros de distribuição: Rio de Janeiro, Barueri (onde a americanas.com é acoplada) e Recife. Como vantagens obtém o impulsionamento da estrutura de custo fixo, compartilhamento de estoques evitando o duplo carregamento, entre outras.

Ponto Frio:

Também em 1999, o Ponto Frio resolveu investir em canais de venda considerados não tradicionais denominados off-stores (televendas, vendas por catálogo, internet e representantes comerciais). Operam com integração logística total. Procuram adaptar sua cadeia logística com o objetivo de atender todo território nacional, ampliando a área de atuação das lojas físicas. Além disso, o tempo de entrega dos produtos para as capitais dos estados do RS, RJ, SP, PR, SC, MT, MG, DF, GO e ES varia entre dois a seis dias úteis. Para as demais cidades destes estados varia de três a sete dias e para cidades dos outros estados não mencionados varia de acordo com a disponibilidade dos produtos no estoque e varia também de acordo com o local de entrega. O Ponto Frio possui sete armazéns de estoque.

Shoptime:

Primeiro canal exclusivo de compras. Trouxe a inovação de ficar disponível 24 horas durante os 7 dias da semana. Sua divulgação (propaganda) é feita, principalmente, via TV (canal a cabo próprio da marca). A logística de distribuição é totalmente integrada aos demais canais de vendas. Seu objetivo inicial era operar da melhor maneira possível, ganhando credibilidade (vantagem competitiva) por seu desempenho nas vendas e nas entregas. O comércio eletrônico não casou qualquer mudança na logística de distribuição desta empresa. Segundo dados fornecidos pela pesquisa, cerca de 80% dos produtos são entregues dentro do prazo fornecido pelo site. Possui apenas um centro de distribuição no RJ com estoque centralizado para três canais de distribuição.

Submarino:

Iniciou também em 1999 no Brasil, na Argentina e na Espanha. No início vendia livros nacionais, CDs e brinquedos. Não existe integração da logística justamente pelo fato de não existir lojas físicas. Para calcular em quanto tempo o artigo comprado será entregue, é preciso somar o prazo de envio do produto solicitado ao prazo de entrega na região do comprador. Tem um centro de distribuição em SP e opera durante seis dias semanais.

Obs: A Saraiva também foi mencionada no estudo em questão, todavia não trazia contribuições significativas relacionadas com os procedimentos logísticos.

Diante disso, torna-se ainda mais notório a relevância da logística de distribuição para um desempenho acima da média, obtendo a desejada vantagem competitiva. A importância é extrema e por esse motivo empresas de grande porte e super conceituadas no mercado (conforme demonstrado acima) investem volumes significativos nesse setor. Hoje o prazo de entrega de produtos é um fator valorizado pelos clientes. Cabe ainda ressaltar a importância dos centros de distribuição estarem localizados perto dos grandes centros comerciais (geralmente capitais) onde o volume de compras tende a ser maior. A definição das instalações em uma cadeia logística é influenciada por aspectos como: proximidade de mão-de-obra qualificada, adequação do local, imagem da empresa, custos de energia e etc. Por envolver custos elevados, todos esses fatores devem ser pensados e planejados minuciosamente para contribuir com todo o procedimento logístico.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


A logística de distribuição de petróleo e derivados

A marca Petrobras é composta por subsidiárias, que é empresas do grupo Petrobras que atuam de forma integrada e concentram algumas atividades operacionais. No que tange a logística da distribuição, a empresa tem como principais subsidiárias a Transpetro e a Petrobras Distribuidora S. A.
A Transpetro (Petrobras Transporte S. A.) é responsável pelo transporte e armazenamento de petróleo e derivados, álcool, bicombustíveis e gás natural. Fazem parte dessa uma malha de dutos, que quando aliados a terminais e frotas de navios – petroleiros unem as áreas de produção, refino e distribuição da Petrobras, atuando na exportação e importação de Petróleo. A companhia atua como elemento de integração nacional, em operações sintonizadas com as estratégias de negócios. É considerada hoje a maior armadora da América Latina e principal empresa de logística e transporte do País
A Petrobras Distribuidora S. A. foi criada em 1971 com o objetivo de comercializar e distribuir derivados do petróleo por todo o Brasil. Devido ao enorme desenvolvimento da empresa, em 1972 foi considerada a maior distribuidora de derivados do petróleo do país. Hoje em dia a Petrobras Distribuidora é a única companhia atuante em todo o território nacional. Essa subsidiária é representada por uma infra-estrutura de distribuição composta por centros coletores (instalações próximas às usinas produtoras), bases de distribuição, malhas ferroviárias (capacidade grande de armazenamento, e através delas é possível atingir diferentes portos) e terminais portuários. A exemplo da base primária e terminais portuários está a cidade de Rio Grande, onde a empresa Petrobras atua na administração e controle do Pólo Naval de Rio Grande, nas construções de plataformas exploradoras de Petróleo e do Pré-sal.
A distribuição do mercado interno de álcool é feita através das alternativas apresentadas, sendo definida pela relação do menor custo total de suprimento do cliente final. Para tanto é feito o uso da chamada “LogDis” ( onde é definida a área de influência ótima de cada base de distribuição) e da “LogÁlcool” (mecanismo a fim de otimizar o suprimento de álcool às bases de distribuição em função do preço do transporte). As alternativas são as seguintes:

1 – Diretamente das Bases de distribuição, onde o álcool é destilado nas fábricas, passando pela coleta rodoviária até uma base de distribuição e logo após é feita a entrega ao mercado revendedor através dos modais rodoviários.
2 – Transferências Ferroviárias de multi regiões, onde da destilaria o produto passa através de coletas rodoviárias para as bases de distribuição e de lá para o mercado revendedor (a exemplo das cidades de Ourinhos – SP; Canoas – RS e Ijuí – RS)
3 – Transferência multimodal (ferrovia e oleoduto, onde da destilaria o produto passa para o centro coletor base através da coleta rodoviária, e segue através do modal ferroviário para a base de distribuição, e novamente através da entrega rodoviária o produto chega até o mercado revendedor. Como exemplo pode ser citado às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e regiões de Santa Catarina.
4 – A transferência feita através de modais fluviais na região do norte, passando pelo mesmo processo de destilaria para a base de distribuição através de coletas rodoviárias, mas dessa vez é com a transferência fluvial que o produto chega até a base de distribuição e é entregue ao revendedor tanto pela forma Fluvial, como pela rodoviária.

Todo o trabalho da Petrobras Distribuidora é monitorado através do sistema SILA (sistema integrado de logística de abastecimento da Petrobras). Tal sistema corresponde a uma ferramenta de planejamento, programação, execução e avaliação da cadeia de suprimentos, que contribui para que a Petrobras seja considerada a maior exportadora de petróleo do mundo. O objetivo seria o alinhamento das amplas perspectivas principalmente do pré- sal, com a logística de abastecimento, integrando sistemas de modo a rever e otimizar a logística e as decisões. Além de programar rotinas periódicas, viabiliza a ampliação da produtividade de recursos na tomada de decisão, melhoria do fluxo de produtos na sua movimentação (de forma ágil e confiável), maior eficácia e eficiência nas entregas. Cria-se então uma atuação global na logística de suprimentos da Petrobras.

Pode-se fazer uma relação do sistema logístico utilizado pela Petrobras para transportar álcool, petróleo e derivados com a matéria estudada na cadeira de logística da distribuição, uma vez que apresenta diferentes tipos de modais para a entrega dos produtos (modais rodoviários, ferroviários e fluviais). Além disso, a empresa busca a melhor maneira de distribuição como forma de otimizar os custos e a eficiência operacional e para isso é preciso roteirizar o trajeto de entrega para as cidades com as bases.
As matérias a seguir foram tirados da revista Petrobras da edição de outubro/2012, e referem-se à logística de crescimento e ao crescimento de frotas da empresa Transpetro. A leitura de tais documentos apresentam um quadro atualizado das condições de transporte da empresa Petrobras.
  


Referências:
- pesquisas de campo na própria empresa
- Revista Petrobras- outubro/ 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Utilização bem-sucedida do baixo custo no transporte e na logística


Atualmente as empresas de logística tem buscado oferecer bons serviços com custos baixos. Para isso, algumas delas têm utilizado soluções inovadoras e também o senso comum. Isso mesmo o conhecimento do dia-a-dia, muitas vezes trazidos pelos próprios trabalhadores.
Existe até mesmo um instituto dedicado a pesquisar, formar, divulgar e aplicar soluções de baixos custos nas operações logísticas, ele se chama Instituto Catalão Logística, ou Icil. Este é um órgão de caráter privado que opera em nível nacional – Infelizmente não no Brasil – e foi fundado em 1980 – nada recente não é mesmo.
Para este grupo de empresários que buscam melhorar suas operações reduzindo custos sem perder a qualidade, a alavanca impulsionadora foi a globalização. Como diz o diretor do Instituto – Pere Roca –, “Agora toda empresa precisa ser competitiva no mundo todo.”.
Como exemplos podemos citar:
Districenter (empresa de entregas de encomendas e correspondências) – diminuiu seus custos separando os podidos mais urgentes dos menos urgentes, oferecendo aos clientes opções de envio diferenciadas – como atualmente atuas os correios no Brasil.
Sony (bom, está dispensa apresentações) – eles reduziram 30% do custo nas operações em Barcelona substituindo o típico transporte em pallets – que além dos pallets exigiam uma embalagem especial e uma empilhadeira especial. Eles convenceram dois fornecedores a se unirem e trabalhar com reboques que transportavam uma quantidade maior de televisores e com mais eficiência.
Os idealizadores destacam que o mais impressionante, para eles, é que esta ideia surgiu do senso comum.
Disalfarm (distribuidora criada da união da Bayer, Boheringer Ingelhein e Novartis – laboratórios farmacêuticos) – neste caso, a própria criação da empresa já é um diferencial, a empresa de Barcelona, armazena e distribui com total confiabilidade os produtos das três empresas – isso é que é visão hein!
Outro fator importante foi a troca da contagem das caixas, eles resolveram pesá-las. Com isso ele reduziram 40% dos custos – uma medida simples e eficaz.
Por fim, estes são alguns exemplos de como se pode criar alternativas de diminuição de custos em logística com soluções simples, basta que a empresa perceba como é importante a participação de toda a cadeia de distribuição e que essas soluções podem estar bem perto, como no conhecimento de seus funcionários.
Fonte: http://www.wharton.universia.net em 08\10\2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Braspress dá uma lição de tecnologia com novo terminal no Rio de Janeiro


Filial da empresa abriga o maior sistema automatizado de separação de mercadorias da América Latina e permite a gigante das encomendas expressas a operar o cross-docking em tempo recorde, com grandes ganhos de produtividade e eficiência. Sistema utiliza medição e pesagem precisas dos volumes e evita perdas da ordem de 15% no faturamento das operações
Que a Braspress é uma das maiores transportadoras de encomendas expressas e carga fracionada do Brasil, todos já sabem. A empresa, fundada em 1977 por Urubatan Helou, notório empreendedor do setor de transportes, surge agora como uma das maiores pioneiras no emprego de tecnologia de ponta a serviço da produtividade e da precisão de suas operações. Hoje, a empresa conta com 4100 funcionários, 88 filiais em todo o País, 170 mil clientes e uma frota própria de 985 veículos, com idade média de 3,5 anos.
A gigante, que faturou R$ 430 milhões em 2008 e espera alcançar a marca de R$ 540 milhões neste ano, que foi marcado pela crise financeira internacional, faz escola no setor com o emprego de tecnologias industriais para a separação, pesagem, cubagem e despacho de suas cargas para todo o território nacional. Em 2004, a Braspress saiu na frente com a inauguração do sistema de esteiras móveis com separação automática de cargas em sua matriz, em São Paulo, equipamento chamado de sorter, que nenhuma transportadora tem no Brasil.
Agora, inova mais uma vez com a inauguração de um terminal automatizado ainda maior no Rio de Janeiro, seu segundo maior mercado. De acordo com o presidente da empresa, Urubatan Helou, o terminal do Rio de Janeiro foi concebido para receber a automação e, por este motivo, abriga um equipamento maior do que o do terminal paulista, que foi construído dentro de um galpão preexistente. “O sorter do Rio de Janeiro é o maior da América Latina”, relata Helou.
Números
O equipamento de separação de cargas da Braspress no Rio de Janeiro está instalado em um terminal com área total de 41.1450 metros quadrados e construção de 16,5 mil metros quadrados, com 114 docas para carga e descarga simultânea. Localizado estrategicamente à beira da Via Dutra, no município fluminense de São João do Meriti, o terminal integra o novo conceito que a Braspress quer implementar. “Trouxemos o chão de fábrica para o terminal. Este conceito nos permite oferecer mais agilidade e maior produtividade, com atendimento ainda melhor para os nossos clientes. Além disso, a automação nos permite transformar a operação de cross-docking da Braspress em uma verdadeira indústria de serviços”, explica o presidente da empresa.Vista do sorter, no momento em que separa as mercadorias: agilidade e erro zero no destinamento das cargas.
O sorter, fabricado pela Dematic, tem 11 rampas de alimentação e 61 rampas de saída para automação dos processos, com integração total com o software desenvolvido pela Braspress, o Datapress e funcionam 100% online. A capacidade de processamento é de 8.400 volumes por hora, 140 por minuto. “Com o equipamento, a operação de descarga de uma carreta, seleção e identificação dos volumes e despacho para os veículos que farão a distribuição não leva mais do que 7 minutos. Em uma operação manual, este tempo pode chegar a seis horas. As mercadorias não passam mais que 30 minutos dentro de nosso armazém”, explica Urubatan à reportagem do Portal Transporta Brasil. Os 4,7 quilômetros de esteiras que compõem o sorter.

Investimentos
Para construir o terminal do Rio de Janeiro, a Braspress demandou um investimento de R$ 35 milhões. Somente na parte da automação, o investimento chegou a R$ 11 milhões. “Todo o terminal foi construído em 14 meses e a implementação do sorter levou cerca de três meses”, diz Helou.
Ganhos de produtividade
Além do alto ganho de produtividade que a Braspress terá com o rápido processamento e despacho das cargas no terminal do Rio de Janeiro, o sistema do sorter, que já funciona há cinco anos em São Paulo, traz uma nova virtude para as operações da empresa: a aferição precisa do peso e do volume dos pacotes. “Nosso sistema de tarifação está baseado no peso e no volume das cargas e, com a pesagem e cubagem eletrônicas que o sorter nos permite fazer, conseguimos evitar 15% de perdas no faturamento”, revela o diretor Operacional da Braspress, Luiz Carlos Lopes. Além disso, a interface criada pela Braspress para fazer o controle de desempenho do sistema, reduzindo custos e otimizando recursos.
Lopes também ressalta que a automação das operações, ao contrário do que se pode pensar, não fechará sequer uma vaga de trabalho. “Além de não causar demissões, o sorter nos levará a fazer mais contratações, abrir mais vagas de trabalho, já que a produtividade aumenta expressivamente e, com mais cargas, mais veículos e mais faturamento, a empresa naturalmente precisa de mais mão de obra”.
Redação, reportagem e fotos: Leonardo Helou Doca de Andrade – Portal Transporta Brasil
Infográfico:  Fernanda Campos – Portal Transporta Brasil

Conclusão:  
 A logística tem se tornado uma área de grandes investimentos em tecnologia para aprimorar os processos em busca da prestação de serviços de forma mais rápida e eficiente. Essa reportagem sobre a Braspress nos mostra isso com o uso de um equipamento que elimina os erros no destinamento de cargas e transforma uma operação que demoraria horas em alguns minutos criando para empresas uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes na prestação do serviço de transporte.  
Esse equipamento o sorter já foi instalado em outros terminais da empresa, desde essa matéria ter sido publicada demonstrando que o investimento tem retorno rápido. E uma forma de criar valor para os clientes através de um cross-docking eficiente.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Caminho para a educação ambiental


A Logística Reversa se preocupa com o destino de um produto ao final de sua vida útil.
O objetivo é fazer com que o material, sem condições de ser reutilizado, retorne ao seu ciclo produtivo ou para o de outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo um descarte ambientalmente correto.
Pode parecer simples, mas o processo depende de várias partes: além do comprometimento da empresa em investir, é necessária uma conscientização dos clientes, para que façam a melhor compra, sem se guiar somente pelo preço.
Há inúmeras empresas que diminuíram o tamanho das embalagens de seus produtos sem afetar seu conteúdo para gerar menos lixo, que montam os equipamentos que comercializam pensando na facilidade que terão em desmontá-los para reciclá-los depois e claro que procuram utilizar materiais reciclados e, principalmente, recicláveis em sua confecção. Mas o consumidor leva isso em consideração?
O Exemplo Europeu:
Na União Européia, a logística reversa é pautada por duas diretivas que se complementam: WEEE – Waste Eletrical and Eletronical Equipment - e RoHS - Restriction of Hazardous Substances, em vigor desde janeiro de 2006. A primeira tem como objetivo eliminar a quantidade de lixo eletrônico que chega aos aterros sanitários, por meio da coleta e da reciclagem.
Já a RoHS proíbe o uso de seis substâncias em produtos eletroeletrônicos fabricados localmente e importados para a região: cádmio, mercúrio, cromo, chumbo e retardantes de chamas, como a bromo bifelina, que é cancerígena e bioacumulativa.

De acordo com Marcus Piaskowy, da Logistik Consulting, a questão do lixo eletrônico teve como marco uma pesquisa europeia realizada em 2002 que avaliou cordões umbilicais para saber o nível de intoxicação da população. Foram encontradas 287 substâncias que não deveriam estar ali, sendo 180 cancerígenas e 217 maléficas ao sistema nervoso. Boa parte desse problema estava ligada à incineração do lixo que despejava toxinas no ar.

A partir de então, lixo eletrônico passou a ser um tema levado mais a sério. 
“Quem paga é o poluidor, que se torna responsável pelo ciclo de vida, custo de coleta, tratamento e reciclagem do produto sob pena de multas altas. Na Alemanha, por exemplo, chega a 50 mil euros por infração”, conta Piaskowy. Outro fator preocupante é o fato de que o lixo eletrônico europeu soma quase 10 milhões de toneladas por ano e tende a dobrar a cada dez anos, graças à vida útil cada vez menor dos aparelhos e à cultura de consumo desenfreado.
Outras medidas são a inclusão de orientações sobre o descarte correto dos produtos nos manuais de instrução e a obrigatoriedade da máxima: quem vende tem de receber.
O Caso Brasileiro: o que podemos fazer?

Segundo Bruni, a proporção entre o número de computadores domésticos e alocados em empresas é bastante próxima, por isso é grande o poder que os consumidores têm em mãos assim como é a responsabilidade. Corporações, normalmente, seguem alguns padrões, por isso os esforços devem ser mais intensos em relação à conscientização dos consumidores isolados.

Entregar as máquinas para os chamados “sucateiros” não costuma ser uma boa opção porque eles não dispõem da tecnologia necessária para reciclar 100% do material, o que é factível. Algumas vezes, não é do interesse desses trabalhadores reciclar tudo, já que nem todas as peças do computador tem valor de mercado atrativo como os metais preciosos encontrados em seu interior, como é o caso do vidro.

   Sucateiros fazem reciclagem desestruturada de eletrônicos

Ao doar para empresas também é preciso avaliar, visto que várias delas encontram limitações quanto ao que fazer com as placas, que é a parte mais complicada de reciclar. Muitas firmas as enviam para a Bélgica para receberem tratamento adequado devido a grande quantidade de metais incrustadas num espaço pequeno, embora já exista no país empresas que recuperem-na metal a metal. Uma possibilidade de negócios para reaproveitar parte dessa peça seria firmar parcerias com cimenteiras que têm interesse no silício proveniente das placas.

Em São Paulo, existem, hoje, 457 locais capacitados a receber lixo eletrônico licenciados pela CETESB e a ideia da Companhia é conseguir implantar a lógica reversa, que irá concentrar em apenas um local o descarte desses equipamentos que serão encaminhados à reciclagem adequada.