segunda-feira, 7 de maio de 2012

Perda de grãos no transporte rodoviário nacional



        Atualmente no Brasil, para os transportes de grãos chegarem a diversos pontos do país e aos portos de exportação se enfrentam uma série de obstáculos, sendo o principal o sistema de transporte (58% do transporte de grãos). O maior volume de carga escoada no país é formado por commodities como: minérios, grão, cimento dentre outras. Produtos estes de baixo valor agregado e por isso é extremamente necessário que o sistema seja eficiente e sem desperdícios. 
         A maior vantagem do transporte rodoviário em relação aos outros é que ele pode carregar suas cargas de ponto a ponto, sem a necessidade de transbordo, fato este que acarretaria possíveis perdas dos produtos, muito embora haja perda por uso de caminhões indevidos e não projetados para carregamento de grão. No Brasil, um dos problema é que maior parte deste escoamento é feito por meio de rodovias que é o meio de transporte mais caro. Fato que poderia ser evitado se utilizado fosse outros meios de transporte, como a malha ferroviária e também aproveitando a vasta extensão litorânea fazendo uso da cobotagem, porém o país enfrenta a decadência há décadas desses modais devido a questões de interesses particulares e lobby nas relações dentro do governo e fora. Vale ressaltar que sabe-se a importância dos modais alternativos.
        Outro grande fator preponderante para a crescente perda de grãos no transporte se deve à má conservação das rodovias e estradas. Segundo o IBGE, a perda do Brasil chega a R$ 2,7 bilhões a cada safra com o derrame de grãos durante o transporte rodoviário, e a armazenagem representa uma perda de 10% da produção, exatamente 14 milhões de toneladas de grãos. Este valor aumenta mais ainda quando mencionamos a falta de silos e locais de armazenagem para toda produção agrícola.
         Tendo todo esse quadro que o país enfrenta, de termos uma péssima conservação das estradas e a inadequação do transporte, faz-se necessário que seja revista a atual falta de infraestrutura. Além disso, é necessário que tenhamos investimentos em modais alternativos como é o caso do transporte ferroviário, muito utilizado pelo setor primário americano. Só assim, com esssa mentalidade e sendo racional que poderemos melhor explorar o potencial que temos no setor agrícola e, que hoje, é jogado fora.



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