segunda-feira, 7 de maio de 2012


A logística de distribuição e de transporte militar ao longo da história

A palavra Logística vem do grego “LOGISTIKOS” e do latim “LOGISTICUS”,
ambos significando cálculo e raciocínio no sentido matemático. 
O primeiro exército a utilizá-la foi o exército de Xerxes da Persa, filho de Dario,
quando foi ao encontro dos gregos, no ano de 481 a.C utilizando mais de 3.000 navios de
transporte para sustentar um exército de aproximadamente 300 mil homens.
Uma das grandes lendas na Logística e que até hoje inspira grandes empresas, foi
Alexandre o Grande, da Macedônia. Seu império alcançou diversos países, desde os
Bálcãs até a Índia passando pelo Egito e o Afeganistão.

Alexandre foi o primeiro a empregar uma equipe especialmente treinada de
engenheiros e contramestres, além da cavalaria e infantaria. Esses primitivos engenheiros
desempenharam um papel importante para o sucesso de Alexandre, pois tinham a missão
de estudar como reduzir a resistência das cidades que seriam atacadas. Os contramestres,
por sua vez, operacionalizavam o melhor sistema logístico existente naquela época. Eles
seguiam à frente dos exércitos com a missão de comprar todos os suprimentos
necessários e de montar armazéns avançados no trajeto. O exército de 35 mil homens de
Alexandre não podia carregar mais do que 10 dias de suprimentos, mas mesmo assim,
suas tropas marcharam milhares de quilômetros, a uma média de 32 quilômetros por dia
contra 16 quilômetros de outros exércitos devido à dependência da tropa em levar os
carros de boi para o transporte dos alimentos.
Posteriormente, já no século XVIII, o Rei Luís XIV criou a posição de “Marechal
General de Logis”, responsável pelo suprimento e pelo transporte do material bélico da
tropa francesa. 
O termo “Logistique” foi, futuramente, traduzido para o inglês “Logistics” e, a
partir da década de 50, as empresas passaram a utilizá-la para satisfazer o cliente através
da redução no prazo de entrega e na redução do custo final.
Atualmente a logística pode ser conceituada como a gestão do fluxo físico de
produtos ou de serviços, além das informações inerentes aos fluxos, desde o ponto de
origem até o cliente final.

”Logistics Management is that part of Supply Chain Management that plans, implements,
and controls the efficient, effective forward and reverse flow and storage of goods,
services and related information between the point of origin and the point of consumption
in order to meet customers' requirements.” (Council of Supply Chain Management
Professionals, 2006).
A logística possui como principal objetivo disponibilizar a mercadoria ou o
serviço solicitado, no lugar, no tempo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em
que deve fornecer a maior contribuição à empresa.
Conforme Bowersox (2001), a logística é o melhor caminho para atingir um nível
desejado de atendimento ao cliente pelo menor custo total (somatório dos custos
individuais de cada atividade necessária na execução do processo logístico).
Desta forma, as empresas passaram a utilizar a logística para encontrar o ponto
ótimo considerando as diversas compensações existentes nas decisões tomadas (“tradeoff”) entre os processos de compra, de transporte, de armazenagem dos insumos e de
produtos fabricados, de distribuição até o cliente final e, posteriormente, o seu reciclo.

Texto extraído da Biblioteca Virtual da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (seção Logistica Aplicada)


Opinião pessoal

É notável a influencia da logistica como meio preponderante e fator de extrema importância na competitividade atual, mas, diferente do que a maioria pensa, a logística, seja ela de distribuição, suprimento ou transporte, não trata-se de um assunto novo, oriundo da evolução da administração no último século. Ela advém desde a época a.C., utilizada como fator organizacional de tropas nas linhas de combate. Seu uso, como pode ser verificado no texto acima, exaltou-se de êxito, tornando-a diferencial para o comandante de tropas que dela fazia uso. É necessário ao administrador atual, como em qualquer outro assunto, reconhecer as matrizes onde a logística de distribuição se apoiou para tornar-se o que de fato ela representa no contexto atual.

Rômulo Arpini




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