sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Notas sobre a Evolução da Logística no Brasil


Segundo Machiline (2011) entre as décadas de 1950 e 1960 o interesse era apenas nos transportes das matérias –primas e produtos acabados, na estrutura física do prédio e no transporte interno dentro do prédio, fatores que influenciavam na localização do da indústria. Foi a partir do pós guerra de 45 com um aumento das operações e, mais adiante, com o crescimento econômico do país e sua modernização é que se começou a dar mais atenção a área.

Muitas iniciativas aconteceram na área de transportes no Brasil por volta da década de 60, a indústria automobilística, o surgimento da primeira revista técnica sobre transportes, empresas privadas começaram a investir em práticas gerenciais que estimulavam a organização e produziam bons resultados na área de transportes. O governo começa também a refletir sobre o assunto. (MACHILINE, 2011).

A partir da década de 60 surge nos EUA uma nova maneira de pensar, e, com a Teoria dos Sistemas, começa a se inserir a visão do todo. No Brasil, o primeiro livro sobre Logística surge em 1974, de Paulo Reginald Uelze, então professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (MACHILINE, 2011).

Junta-se à introdução do termo logística o boom da Tecnologia da Informação no inicio da década de 80 e o surgimento de entidades preocupadas com o tema, como: ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira de Logística), IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem), entre outras. Estas entidades começaram a disseminar o novo conceito para as organizações. Mas o foco ainda se configurava apenas nas metodologias e modais de transportar e armazenagem (SANTOS, 2007).

Foi só na década de 90, com as mudanças no cenário brasileiro, com a abertura do mercado do país ao mundo globalizado e o advento do plano real gerou significativas transformações para o consumidor nacional. Segundo Mathias, (s.d.) “o fornecedor passou a ser mais exigido pelos clientes e o aspecto preço passou a não ser mais o único fator determinante no processo de compra.” E com toda a rapidez dos recursos tecnológicos as empresas se tornaram obrigadas a responder de maneira “veloz” às exigências de seu consumidor.

Surge neste contexto de frequentes mudanças o conceito de Cadeia de Suprimentos (supply chain) enriquecendo o termo logística. Ou seja, conforme Machiline (2011):

“Enquanto a logística concentra-se nas operações da própria empresa, a cadeia de suprimentos olha desde o início até os elos finais da corrente de fornecedores e clientes. E com uma visão mais ampla e panorâmica do que a visão logística.”

A concepção de cadeia de suprimentos se preocupa com todas as empresas que fazem parte dela ao mesmo tempo que estas empresas também precisam estar atentas ao que ocorre na cadeia, tem que haver uma colaboração entre todos. Começa a se inserir o termo integrado à logística e à cadeia, e, auxiliando o termo, inicia-se uma visão global desta integração.

MACHLINE, Claude. CINCO DÉCADAS DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL E ADMINISTRAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO BRASIL In: http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S003475902011000300002.pdf

MATHIAS, Paulo. A Logística no Brasil. In: http://www.ietec.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/312

SANTOS, Josival Novaes dos. Evolução Logística no Brasil In:

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/evolucao-logistica-no-brasil/13574/

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