A Logística Reversa se preocupa com o destino de um
produto ao final de sua vida útil.
O objetivo é fazer com que o material, sem condições
de ser reutilizado, retorne ao seu ciclo produtivo ou para o de outra indústria
como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e permitindo um
descarte ambientalmente correto.
Pode parecer simples, mas o processo depende de
várias partes: além do comprometimento da empresa em investir, é necessária uma
conscientização dos clientes, para que façam a melhor compra, sem se guiar
somente pelo preço.
Há inúmeras empresas que diminuíram o tamanho das
embalagens de seus produtos sem afetar seu conteúdo para gerar menos lixo, que
montam os equipamentos que comercializam pensando na facilidade que terão em
desmontá-los para reciclá-los depois e claro que procuram utilizar materiais
reciclados e, principalmente, recicláveis em sua confecção. Mas o consumidor
leva isso em consideração?
O Exemplo Europeu:
Na União Européia, a logística reversa é pautada por
duas diretivas que se complementam: WEEE – Waste Eletrical and Eletronical Equipment -
e RoHS - Restriction of Hazardous
Substances, em vigor desde janeiro de 2006. A primeira tem
como objetivo eliminar a quantidade de lixo eletrônico que chega aos aterros
sanitários, por meio da coleta e da reciclagem.
Já a RoHS proíbe o uso de seis substâncias em produtos eletroeletrônicos fabricados localmente e importados para a região: cádmio, mercúrio, cromo, chumbo e retardantes de chamas, como a bromo bifelina, que é cancerígena e bioacumulativa.
De acordo com Marcus Piaskowy, da Logistik Consulting, a questão do lixo eletrônico teve como marco uma pesquisa europeia realizada em 2002 que avaliou cordões umbilicais para saber o nível de intoxicação da população. Foram encontradas 287 substâncias que não deveriam estar ali, sendo 180 cancerígenas e 217 maléficas ao sistema nervoso. Boa parte desse problema estava ligada à incineração do lixo que despejava toxinas no ar.
A partir de então, lixo eletrônico passou a ser um tema levado mais a sério.
Já a RoHS proíbe o uso de seis substâncias em produtos eletroeletrônicos fabricados localmente e importados para a região: cádmio, mercúrio, cromo, chumbo e retardantes de chamas, como a bromo bifelina, que é cancerígena e bioacumulativa.
De acordo com Marcus Piaskowy, da Logistik Consulting, a questão do lixo eletrônico teve como marco uma pesquisa europeia realizada em 2002 que avaliou cordões umbilicais para saber o nível de intoxicação da população. Foram encontradas 287 substâncias que não deveriam estar ali, sendo 180 cancerígenas e 217 maléficas ao sistema nervoso. Boa parte desse problema estava ligada à incineração do lixo que despejava toxinas no ar.
A partir de então, lixo eletrônico passou a ser um tema levado mais a sério.
“Quem paga é o poluidor, que se torna responsável
pelo ciclo de vida, custo de coleta, tratamento e reciclagem do produto sob
pena de multas altas. Na Alemanha, por exemplo, chega a 50 mil euros por
infração”, conta Piaskowy. Outro fator preocupante é o fato de que o lixo
eletrônico europeu soma quase 10 milhões de toneladas por ano e tende a dobrar
a cada dez anos, graças à vida útil cada vez menor dos aparelhos e à cultura de
consumo desenfreado.
Outras medidas são a inclusão de orientações sobre o
descarte correto dos produtos nos manuais de instrução e a obrigatoriedade da
máxima: quem vende tem de receber.
O Caso Brasileiro: o que podemos fazer?
Segundo Bruni, a proporção entre o número de
computadores domésticos e alocados em empresas é bastante próxima, por isso é
grande o poder que os consumidores têm em mãos assim como é a responsabilidade.
Corporações, normalmente, seguem alguns padrões, por isso os esforços devem ser
mais intensos em relação à conscientização dos consumidores isolados.
Entregar as máquinas para os chamados “sucateiros” não costuma ser uma boa opção porque eles não dispõem da tecnologia necessária para reciclar 100% do material, o que é factível. Algumas vezes, não é do interesse desses trabalhadores reciclar tudo, já que nem todas as peças do computador tem valor de mercado atrativo como os metais preciosos encontrados em seu interior, como é o caso do vidro.
Entregar as máquinas para os chamados “sucateiros” não costuma ser uma boa opção porque eles não dispõem da tecnologia necessária para reciclar 100% do material, o que é factível. Algumas vezes, não é do interesse desses trabalhadores reciclar tudo, já que nem todas as peças do computador tem valor de mercado atrativo como os metais preciosos encontrados em seu interior, como é o caso do vidro.
Sucateiros fazem reciclagem desestruturada de eletrônicos
Ao doar para empresas também é preciso avaliar, visto que várias delas encontram limitações quanto ao que fazer com as placas, que é a parte mais complicada de reciclar. Muitas firmas as enviam para a Bélgica para receberem tratamento adequado devido a grande quantidade de metais incrustadas num espaço pequeno, embora já exista no país empresas que recuperem-na metal a metal. Uma possibilidade de negócios para reaproveitar parte dessa peça seria firmar parcerias com cimenteiras que têm interesse no silício proveniente das placas.
Em São Paulo, existem, hoje, 457 locais capacitados a receber lixo eletrônico licenciados pela CETESB e a ideia da Companhia é conseguir implantar a lógica reversa, que irá concentrar em apenas um local o descarte desses equipamentos que serão encaminhados à reciclagem adequada.
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