Filial da empresa
abriga o maior sistema automatizado de separação de mercadorias da América
Latina e permite a gigante das encomendas expressas a operar o cross-docking em
tempo recorde, com grandes ganhos de produtividade e eficiência. Sistema
utiliza medição e pesagem precisas dos volumes e evita perdas da ordem de 15%
no faturamento das operações
Que a Braspress é
uma das maiores transportadoras de encomendas expressas e carga fracionada do
Brasil, todos já sabem. A empresa, fundada em 1977 por Urubatan Helou, notório
empreendedor do setor de transportes, surge agora como uma das maiores
pioneiras no emprego de tecnologia de ponta a serviço da produtividade e da
precisão de suas operações. Hoje, a empresa conta com 4100 funcionários, 88
filiais em todo o País, 170 mil clientes e uma frota própria de 985 veículos,
com idade média de 3,5 anos.
A gigante, que
faturou R$ 430 milhões em 2008 e espera alcançar a marca de R$ 540 milhões
neste ano, que foi marcado pela crise financeira internacional, faz escola no
setor com o emprego de tecnologias industriais para a separação, pesagem,
cubagem e despacho de suas cargas para todo o território nacional. Em 2004, a
Braspress saiu na frente com a inauguração do sistema de esteiras móveis com
separação automática de cargas em sua matriz, em São Paulo, equipamento chamado
de sorter, que nenhuma transportadora tem no Brasil.
Agora, inova mais
uma vez com a inauguração de um terminal automatizado ainda maior no Rio de
Janeiro, seu segundo maior mercado. De acordo com o presidente da empresa,
Urubatan Helou, o terminal do Rio de Janeiro foi concebido para receber a
automação e, por este motivo, abriga um equipamento maior do que o do terminal
paulista, que foi construído dentro de um galpão preexistente. “O sorter do Rio
de Janeiro é o maior da América Latina”, relata Helou.
Números
O equipamento de
separação de cargas da Braspress no Rio de Janeiro está instalado em um
terminal com área total de 41.1450 metros quadrados e construção de 16,5 mil
metros quadrados, com 114 docas para carga e descarga simultânea. Localizado
estrategicamente à beira da Via Dutra, no município fluminense de São João do
Meriti, o terminal integra o novo conceito que a Braspress quer implementar.
“Trouxemos o chão de fábrica para o terminal. Este conceito nos permite
oferecer mais agilidade e maior produtividade, com atendimento ainda melhor
para os nossos clientes. Além disso, a automação nos permite transformar a
operação de cross-docking da Braspress em uma verdadeira indústria de
serviços”, explica o presidente da empresa.Vista do sorter, no momento em
que separa as mercadorias: agilidade e erro zero no destinamento das cargas.
O sorter, fabricado
pela Dematic, tem 11 rampas de alimentação e 61 rampas de saída para automação
dos processos, com integração total com o software desenvolvido pela Braspress,
o Datapress e funcionam 100% online. A capacidade de processamento é de 8.400
volumes por hora, 140 por minuto. “Com o equipamento, a operação de descarga de
uma carreta, seleção e identificação dos volumes e despacho para os veículos
que farão a distribuição não leva mais do que 7 minutos. Em uma operação manual,
este tempo pode chegar a seis horas. As mercadorias não passam mais que 30
minutos dentro de nosso armazém”, explica Urubatan à reportagem do Portal
Transporta Brasil. Os 4,7 quilômetros de esteiras que compõem o sorter.
Investimentos
Para construir o
terminal do Rio de Janeiro, a Braspress demandou um investimento de R$ 35
milhões. Somente na parte da automação, o investimento chegou a R$ 11 milhões.
“Todo o terminal foi construído em 14 meses e a implementação do sorter levou
cerca de três meses”, diz Helou.
Ganhos de
produtividade
Além do alto ganho
de produtividade que a Braspress terá com o rápido processamento e despacho das
cargas no terminal do Rio de Janeiro, o sistema do sorter, que já funciona há
cinco anos em São Paulo, traz uma nova virtude para as operações da empresa: a
aferição precisa do peso e do volume dos pacotes. “Nosso sistema de tarifação
está baseado no peso e no volume das cargas e, com a pesagem e cubagem
eletrônicas que o sorter nos permite fazer, conseguimos evitar 15% de perdas no
faturamento”, revela o diretor Operacional da Braspress, Luiz Carlos Lopes.
Além disso, a interface criada pela Braspress para fazer o controle de
desempenho do sistema, reduzindo custos e otimizando recursos.
Lopes também
ressalta que a automação das operações, ao contrário do que se pode pensar, não
fechará sequer uma vaga de trabalho. “Além de não causar demissões, o sorter
nos levará a fazer mais contratações, abrir mais vagas de trabalho, já que a
produtividade aumenta expressivamente e, com mais cargas, mais veículos e mais
faturamento, a empresa naturalmente precisa de mais mão de obra”.
Redação, reportagem
e fotos: Leonardo Helou Doca de Andrade – Portal Transporta Brasil
Infográfico: Fernanda Campos – Portal Transporta Brasil
Infográfico: Fernanda Campos – Portal Transporta Brasil
Conclusão:
A logística tem se tornado uma área de grandes
investimentos em tecnologia para aprimorar os processos em busca da prestação
de serviços de forma mais rápida e eficiente. Essa reportagem sobre a Braspress
nos mostra isso com o uso de um equipamento que elimina os erros no
destinamento de cargas e transforma uma operação que demoraria horas em alguns
minutos criando para empresas uma grande vantagem em relação aos seus
concorrentes na prestação do serviço de transporte.
Esse equipamento o sorter já foi
instalado em outros terminais da empresa, desde essa matéria ter sido publicada
demonstrando que o investimento tem retorno rápido. E uma forma de criar valor
para os clientes através de um cross-docking eficiente.
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