sexta-feira, 30 de março de 2012

INFRAESTRUTURA PRECÁRIA ELEVA CUSTO LOGÍSTICO EM R$ 17 BILHÕES PARA A INDÚSTRIA


Pesquisa da FIESP com 1.211 empresas mostra como a deficiência de estradas, portos e ferrovias reduz a competitividade da indústria.
  

                Da China até o Brasil, um contêiner percorre cerca de 17 mil quilômetros numa viagem que pode durar 35 dias de navio. O transporte de cada unidade até o Porto de Santos fica em torno de US$ 1,2 mil (R$ 2 mil), dependendo do tamanho da embarcação e das negociações com os armadores. Dali até a capital paulista, são apenas 77 km, quase nada diante da viagem feita desde o Oriente. Mas o custo – pasmem – é o mesmo.

                A movimentação de carga entre Santos e São Paulo custa cerca de R$ 2 mil por contêiner, conta Fernando Nicory, diretor da Magma, empresa do setor têxtil que compra parte de sua matéria-prima no exterior. “A mercadoria cruza o mundo por R$ 1,2 mil e sobe a serra por R$ 2 mil. Isso tira a competitividade e diminui nosso espaço no mercado internacional”, lamenta Nicory.

                Como o executivo, outras indústrias sofrem do mesmo mal. A infraestrutura precária tem provocado uma expansão sem limites nos custos logísticos, que corroem a rentabilidade das companhias. Segundo um estudo do Departamento de Competitividade de Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), as empresas têm uma despesa anual extra de R$ 17 bilhões por causa das péssimas condições das estradas, burocracia (e sucateamento) nos portos, falta de capacidade das ferrovias e gastos com armazenagem.

                Tudo isso aliado à exorbitante carga tributária do País cria um ambiente inóspito à expansão dos negócios. “Está muito caro produzir no Brasil”, lamenta diretor do Decomter, José Ricardo Roriz, responsável pelo estudo Carga Extra na Indústria Brasileira, feito a partir de uma pesquisa com 1.211 empresas do setor. Segundo elas, 0,36% (R$ 6,2 bilhões) do faturamento anual é gasto com manutenção da frota de veículos; 0,6% (10,2 bilhões) vai para o transporte das mercadorias; e 0,04% (R$ 675 milhões) fica com armazenagem obrigatória devido a atrasos.

                Esses custos extras representam quase 15% de todo o gasto que a indústria tem com transportes e armazenagem. No total, as companhias destinam 7,2% do faturamento, ou R$ 122,3 bilhões, para movimentar suas mercadorias no Brasil.

                Na avaliação de Roriz, o País vive uma situação explosiva: “A taxa de juros é elevada, o câmbio está desvalorizado, o preço da energia e da logística está nas alturas e a carga tributária não pára de crescer”.
 
Fonte: Conexão Marítima, Fevereiro de 2012, Edição 83, página 11.

quarta-feira, 28 de março de 2012

"Se todos os outros tomasse ônibus, eu já estaria em casa..."




Em cidades grandes e medianas, quase todos já se pegaram pensando nessa frase. Ninguém
escapa da situação hoje: está ruim para o automóvel, ruim para o ônibus e ruim para o pedestre!
Trânsito e transporte não são problemas exclusivos de grandes cidades. Cidadãos de cidades de médio porte, como Pelotas, também já sentem o efeito da perda de tempo e vivências familiares durante os deslocamentos, provocando estresse e ansiedade.
A cidade de Pelotas teve um acréscimo de mais de 36 mil veículos nos últimos cinco anos, totalizando quase 140 mil automóveis e motocicletas rodando pelas ruas
Se por um lado, nos últimos anos, as políticas do governo Lula facilitaram a compra de veículos devido ao aumento da renda da população brasileira; de outro, é preciso buscar urgentemente soluções criativas para o problema da mobilidade urbana. E não somente nas metrópoles, mas também em Pelotas, que há mais de 50 anos não realiza nenhum estudo ou modificação que
acompanhasse o aumento progressivo do número de automóveis. Soluções?
Em meio às discussões cada vez mais presentes em todo o mundo sobre mobilidade urbana, um
personagem tem se destacado: a bicicleta. Silenciosa e não poluente, a bike tem sido cada vez mais levada a sério como alternativa viável de transporte sustentável para as grandes cidades.
O que as cidades de visão estão fazendo?

Desestímulo ao uso do automóvel + Melhoria do transporte coletivo + Estímulo ao transporte
não-motorizado + Integração de uso do solo e transportes =

CONTRIBUIÇÃO DO TRANSPORTE
PARA UMA CIDADE SUSTENTÁVEL

A ideia não é nova fora do Brasil, e cidades como Bogotá, na Colômbia, que possui cerca de 350 km de ciclovias, e Amsterdã, na Holanda, são casos de sucesso na integração das bicicletas ao sistema de transporte. E, mesmo por aqui, a solução já existe, ainda que não necessariamente com a chancela do poder público - como qualquer um pode perceber na maioria das cidades litorâneas. O destaque fica para Rio Branco, capital do Acre, que tem a maior rede cicloviária per capita do país, com mais de 100km de ciclovias para um total de 300 mil habitantes.

Lei da Bicicleta
No Mato Grosso, segundo o site EcoDesenvolvimento, um grupo de jovens de Cuiabá e Várzea Grande estão mobilizados pela aprovação da Lei da Bicicleta, projeto de iniciativa popular que prevê a implantação de ciclovias e ciclofaixas nas cidades e seu reconhecimento como meio regular de transporte, integrado ao sistema coletivo. Pela lei, bicicletários e estacionamentos específicos seriam implementados em terminais de transporte, prédios públicos municipais,
estaduais e federais, estabelecimentos de ensino, praças, shoppings centers e supermercados.

Fontes:
http://embarqbrasil.org/node/364
http://www.redebrasilatual.com.br/blog/desafiosurbanos/blog_index/blog_view?Subject=transporte+sustent%C3%A1vel
http://www.cici2010.org.br/uploadAddress/Luis%5b17737%5d.pdf

LOGÍSTICA VERDE


 

 LOGÍSTICA VERDE

 COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE









      A cada dia  torna-se  mais importante a preocupação com o impacto  gerado pelos nossos processos produtivos no meio ambiente. A inserção  da variável  ambiental na gestão empresarial  é indispensável para a sobrevivência das organizações.Diante deste contexto vamos  falar sobre a Logística Verde.
    Os  termos  logística Verde  e logística reversa embora se relacionem, possuem características distintas. A Logística Verde se preocupa com os aspectos e impactos da logística comum sobre a comunidade  e o meio ambiente, já a logística reversa preocupa-se  com a inserção de produtos  descartados  no ciclo de negócios, retorno de pós-venda e pós consumo. A Logística reversa está dentro do universo da logística verde.
    O principal objetivo da Logística Verde é atender os princípios de sustentabilidade ambiental, bem como o da produção limpa,que ocorre quando a organização planeja para que sejam gerados menos resíduos ao final do processo produtivo. Um bom exemplo disto é a produção de  amaciante concentrado lançado pela Unilever em 2008, reduzindo  o consumo de água nas lavagens.
    De acordo com o IPCC (Painel Intergovernamental de mudanças climáticas) a queima de combustíveis  pelo transporte é uma das maiores fontes de emissão de poluentes que contribui para o aquecimento global. No caso do amaciante da Unilever a diminuição do tamanho  das embalagens, além da economia de matéria prima, faz com que o produto  ocupe  menos espaço nos caminhões ,ou seja, diminuindo assim a quantia de fretes  e a emissão de dióxido de carbono no meio ambiente.
    Demonstrando a mesma preocupação  a Audi lançou  uma iniciativa pioneira, realizando o transporte de seus veículos em  trens que utilizam eletrecidade  gerada por fontes renováveis, livres da emissão de gás carbônico .
     Agir de forma sustentável e preocupar-se com o meio ambiente, é requisito fundamental para o mercado interno e externo, tornando as  empresas mais competitivas e criando um marketing positivo.

segunda-feira, 26 de março de 2012

E-commerce movimenta logística reversa no Brasil

         A devolução de mercadorias produzidas pelo e-commerce gera uma crescente demanda por serviços de retorno de produtos por questões legais ou como uma maneira de fidelização.
A visibilidade da Logística Reversa tem se acentuado nos últimos anos em todo mundo e no Brasil em função da enorme quantidade e variedade de produtos, com ciclos de vida cada vez mais curtos, que vão para o mercado visando satisfazer aos diversos micro-segmentos. Esta profusão de mercadorias multiplica a necessidade de retorno de itens ainda não consumidos e daqueles já consumidos que na maioria das vezes ainda apresentam condições de utilização, porém estão defasados mercadologicamente.
A Logística Reversa tem como foco de atuação o equacionamento do retorno de desses produtos (consumidos ou não), de forma a recapturar valor econômico, obedecer determinação legal, prestar serviços aos clientes na cadeia de suprimentos, prestar serviços aos clientes finais através da assistência técnica, dar a destinação adequada a produtos, entre outros aspectos. Sua implantação em empresas ou setores empresariais propicia lucratividade, fidelização de clientes, garantia de destino dos produtos retornados etc., contribuindo de forma decisiva para o reforço de sua imagem corporativa ou de marca e, conseqüentemente, para sua competitividade.
É neste contexto de crescimento de mercados que se insere o comércio pela Internet, denominado de e-commerce, que tem apresentado crescimento importante nos tempos atuais e em particular no Brasil. Para se ter idéia, as vendas no ano de 2005 foram de R$ 2,8 bilhões e estão estimadas em R$ 13 bilhões para 2010, com crescimento de 40% ao ano.
Diversas são as razões deste crescimento: a disseminação de usuários de Internet que cresce a uma taxa de 30% ao ano prevendo-se que atinja um total de 55 milhões em 2010; pelo desenvolvimento da banda larga que cresce à razão de mais de 80% ao ano; por uma maior confiança no sistema devido à entrada gradativa de grandes grupos de comercio varejista; por uma crescente dificuldade de se ter em demonstração física a profusão e a variedade de produtos produzidos pelas empresas, entre outros possíveis motivos.
A flexibilidade na devolução de mercadorias no e-commerce é apoiada geralmente por legislação que permite ao cliente não aceitar o produto por diferentes motivos, desde que não ultrapassado um determinado prazo (no Brasil, sete dias), caracterizando desta forma um canal sujeito a níveis de devolução normalmente elevados em todo o mundo. Os níveis de retorno de produtos nos canais de e-commerce, à semelhança de vendas por telefone ou catálogo, menos comuns por aqui, variam de 25% a 35% em países como os Estados Unidos sendo de 5% a 10% no Brasil.
Assim, tem-se observado a tendência no País de empresas do grande varejo físico entrar nas atividades de e-commerce como forma de manterem-se competitivas, o que certamente intensificará as vendas e em consequência a quantidade de retorno de itens neste canal reverso.
Varejistas como Extra, Pão de Açucar, Magazine Luiza, entre outros, desenvolvem há mais tempo a atividade de e-commerce. Recentemente entraram neste mercado Wal-Mart e Casas Bahia, seguidos pela promessa de início do Carrefour em breve.
O impacto desse crescimento e da operação de empresas desse porte é significativo para as atividades de Logística Reversa. Na medida em que será cada vez mais necessário estabelecer sistemas logísticos reversos competentes e competitivos, abrem-se enormes possibilidades de negócios para prestadores de serviços especializados, operadores logísticos, liquidadores de estoques residuais, empresas de mercados secundários, empresas de destinação final, recicladores, empresas de conserto e reparos, remanufaturadores, recondicionadores de produtos, entre outros. (...)
Assim, a Logística Reversa pode ser, em todos os setores de sua atuação, uma das melhores oportunidades de enfrentamento da crise mundial por que passamos, se estruturada de forma eficiente.
A reportagem acima nos remete a uma importante reflexão em torno da logística reversa. Que aos poucos, está se inserindo no cenário nacional, colocando a empresa em sintonia com questões que estão em evidencia na atualidade, como por exemplo as questões ambientais. Sendo assim, a logística reversa deve ser encarada como uma exigência sendo integrada atividades empresariais.
Fonte: Logística Reversa Pro – Paulo Roberto Leite, Presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB) e professor universitário – http://virou.gr/lE2Dxh

quinta-feira, 22 de março de 2012

O FUTURO DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS


O FUTURO DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

 As grandes redes de farmácias e drogarias ganharam destaque recente pelo surgimento da maior varejista do setor, fruto da compra da Drogão pela Drogaria São Paulo. Negociações como esta deverão se tornar ainda mais comuns. Trata-se de uma nova realidade com a qual o setor terá que lidar. Novas fusões podem ser esperadas ainda para este ano. 
Mas em diferentes cantos do País, o varejo independente também arregaça as mangas e observa uma expansão significativa. De acordo com levantamentos da Abrafarma - Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias e do IMS Health, 90% dos 63 mil pontos de vendas de medicamentos no Brasil são farmácias e drogarias que independem de uma rede. O faturamento mensal destas mais de 56 mil lojas supera R$ 14 bilhões. 
Ao que tudo indica, o número de estabelecimentos independentes tende a crescer ainda mais. O aumento na renda das classes C e D aqueceu o mercado, favorecendo a abertura de novos negócios. Com a disponibilidade da classe média em gastar mais, a oferta de serviços e produtos em geral aumenta. Quando se fala em produtos de primeira necessidade, a disponibilidade é imediata. 
Para o atacado farmacêutico, trata-se de um público estratégico. São pontos de venda que precisam das distribuidoras para repor seus estoques, diferente de algumas grandes redes que possuem centros de distribuição próprios. Neste sentido, a consolidação e expansão destas lojas significam crescimento também para a atividade atacadista. 
Tantas mudanças e tendências suscitam a questão: E o atacado neste cenário? Para onde caminha o futuro da distribuição? Uma vez que o segmento já trabalha com as margens de desconto no limite, o grande fator de diferenciação das atacadistas farmacêuticas estará na qualidade dos serviços. Será cobrada cada vez mais eficiência na entrega de medicamentos e as distribuidoras já estão preparadas para isto. 
Mais do que qualidade na realização da tarefa, o processo de distribuição exige planejamento, visão estratégica e muita ousadia. E para manter o excelente serviço prestado atualmente em todo o Brasil e acompanhar este potencial crescimento, o atacado aposta no desenvolvimento, cada vez mais no capital humano e em novas ferramentas. 
O uso da tecnologia para a implantação da rastreabilidade de medicamentos será com certeza um divisor de águas para toda a cadeia farmacêutica. No que diz respeito especificamente à logística, a medida ajudará fortemente no combate ao roubo de cargas, desvios, falsificações, com garantia de mais segurança desde a indústria até os consumidores. 
Recentemente, a Abafarma - Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico anunciou a elaboração de um manual técnico de manuseio, armazenagem e logística de medicamentos termoinstáveis (sujeitos a controle de temperatura). 
Também serão oferecidos treinamentos para profissionais das distribuidoras associadas envolvidos na recepção, armazenagem, controle e na logística de transporte. 
Atualmente, não há regulamentação específica para procedimentos logísticos destes produtos. Hoje a distribuição é pautada apenas pelas Boas Práticas de Transporte de Medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela orientação dos fabricantes. 
Outra iniciativa é a criação de comitês temáticos. São frentes de trabalho formadas por representantes de associadas e profissionais especializados em diferentes áreas, que por meio de reuniões e estudos analisam e sugerem melhorias para assuntos ligados ao setor. A entidade já conta com os comitês Tributário/Fiscal, Nota Fiscal Eletrônica, Regulatório/Rastreabilidade e Embalagem Terciária.   
Todas as ações visam acompanhar a dinamicidade do setor farmacêutico. É pensando no futuro do segmento que hoje a distribuição trabalha para aprimorar sua atividade e continuar a cumprir seu papel de levar medicamentos da indústria para o varejo. Para o futuro, ainda mais eficiência e qualidade estão garantidos.

 http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=627271&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=645340&Titulo=O%20FUTURO%20DA%20DISTRIBUI%C7%C3O%20DE%20MEDICAMENTOS

segunda-feira, 19 de março de 2012

LOGISTICA REVERSA: UM INTERESSE CRESCENTE

Ao contrário da logística tradicional, que trata do fluxo de saída dos produtos, a logística reversa se preocupa com o retorno de produto, materiais e peças ao processo de produção da empresa. Desse modo, o crescente interesse das empresas pela logística reversa, se dá pelo atual rigor da legislação ambiental, pois se vê a necessidade de reduzir custos e oferecer mais serviços por meio de políticas de devolução mais liberais. Deste modo existe uma crescente tendência quanto ao uso de produtos ecologicamente corretos e produtos recicláveis reduzindo, deste modo a quantidade de lixo e produtos que possam ser agressivos uma vez que acondicionados de forma Inadequada.
A logística também vem sendo objeto de marketing para a venda de produtos que venham a agredir o meio ambiente ou até mesmo de descarte problemático, temos como exemplo o descarte de pneus que de modo direto não agride ao meio ambiente, porém em grande quantidade começa a ser um diferencial quando oferecido a logística reversa pelo fornecedor do produto, embora na maioria das vezes quem faz essa logística reversa é outra empresa a  qual é especializada em oferecer este tipo de serviço.
No ramo dos lubrificantes, produto polêmico no ramo das grandes empresas que utilizam este produto, a Petrobrás oferece serviços específicos quanto a logística reversa do material, mesmo que na atualidade existam outros empregos para o óleo ou até mesmo sua regeneração e reutilização, mas por vezes a logística reversa ainda é uma opção mais acessível e muitas vezes até mesmo política da empresa ou alvo de certificações por exemplo a ambiental  I S O 14000.
Tal logística, juntamente com o estudo dos canais de distribuição reversa se tornaram hoje uma nova área de estudo da logística empresarial que planeja, opera e controla as informações e os fluxos logísticos, do retorno dos bens de pós venda e de pós consumo ao ciclo de negócios ou ciclo produtivo, tudo isso por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor econômico, ecológico, legal, de imagem corporativa, logístico, entre outros.
As siderúrgicas são exemplo de empresas que usam o fluxo logístico reverso e usa a sucata gerada por seus clientes como insumo de produção usando centros coletores de carga, também é notável o aproveitamento da matéria prima reciclada pelas indústrias de latas de alumínio através de meios inovadores de coleta das latas descartadas.
Um exemplo mais recente é a indústria de eletrônicos varejos e automobilística que lidam também com o fluxo de retorno de embalagens e com o reaproveitamento de materiais de produção. Este fenômeno não é algo novo, porem observa-se que as atividades de reciclagem e reaproveitamento tem  aumentado consideravelmente nos últimos anos por conseguirem atender de forma diferenciada seus clientes, as empresas que segue a risca o processo de logística reversa tende a se sobressair no mercado. Isso é evidente quando se observa um crescimento considerado no numero de empresas que trabalham no ramo de reciclagem de materiais.
Desta forma, conclui-se que a logística reversa contribui significativamente com o processo de reciclagem, porém com esforços constantes para melhorar a estrutura do mesmo. Destaca-se ainda o fato de que empresas que não se adaptarem a tal processo não só terão sua imagem prejudicada em relação a seus clientes como serão afetadas pela rigorosidade das legislações ambientais, assim as empresas que já utilizam a logística reversa têm vantagem competitiva em termos financeiros, ao reduzirem seus custos, como também conseguem fortalecer sua marca ao mostrarem aos seus clientes um projeto cuja finalidade é um resultado sustentável.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A essência da distribuição da Ambev

Cada fábrica da Ambev conta com unidades capazes de envasar as bebidas que saem da linha de produção. Ao chegar às fábricas, todos os insumos são depositados em armazéns, que funcionam 24 horas em 90% dos casos. Todas as fábricas contam com silos. Ao todo são 500 empilhadeiras nas fábricas. O processo envolve a pasteurização das cervejas já embaladas e um rígido controle de qualidade, para que as embalagens cheguem aos pontos de venda em condições perfeitas para consumo.

Das fábricas, os produtos são distribuidos por meio de dois canais: os Centros de Distribuição Direta (CDDs), todos da Ambev (a exemplo do de Porto Alegre, Pelotas e Caxias), e as 165 Revendas terceirizadas. Cada canal atua em uma área específica, não concorrente. Os CDDs têm gestão logística da Ambev, que utiliza parceiros tanto no setor de armazém como no de transporte para executar suas entregas. São dois milhões de pontos de venda em 14 países - um milhão somente no Brasil.

O principal modal logístico é o transporte rodoviário. São 3.100 caminhões. A frota é gerenciada com a utilização do software TMS (Transportation Management System), que aponta sinergias internas ou com outras empresas para a utilização mais eficiente da frota. São utilizados caminhões e até motos para entrega de produtos aos pontos de venda. Em determinadas situações, recorre-se ao transporte aéreo e a barcos, como no caso do município de São José do Norte. O pedido é processado no dia pelo vendedor através de um Palm e repassado ao final do dia ao roteirizador que, através de sistema integrado informa o operador logístico, responsável pelo carregamento dos caminhões na madrugada, para que no amanhacer estes saiam para a rota para entregar os pedidos do dia anterior.

A Ambev conta com um roterizador que auxilia no melhor planejamento das entregas. O Tracking permite visualizar em tempo real o trajeto que está sendo feito pelos caminhões. Uma central de monitoramento altera em tempo real as rotas a serem seguidas pelos caminhões, verificando o melhor e mais eficiente trajeto, e acompanhando o desempenho de cada veículo. Com uso do sistema, a área reduziu custos e a emissão de poluentes na atmosfera.

Para gerenciar o serviço, a Ambev investe de forma contínua em tecnologia. As entregas têm o suporte de softwares de gestão online (SAP, ERP, entre outros), que permitem cortar custos, controlar estoques e reduzir a emissão de CO2.

Dessa maneira, percebemos como funciona a filosofia da administração logística de distribuição da companhia, com grande fluxo de informações diários, forte parceria com operadores logísticos e transportadoras e controle diário de fluxo de veículos, armazenamento e gestão de cargas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Logística de distribuição de combustíveis automotivos: a influência da compartimentação dos caminhões-tanque nos custos logísticos


Buscando algum material que pudesse somar aos nossos conhecimentos, em logística de distribuição, encontrei este Artigo, de Carlos Maligo – Logística de distribuição de combustíveis automotivos: s influência da compartimentação dos caminhões-tanque nos custos logísticos. Nele notamos conceitos relevantes como: logística, distribuição, custos, estoques.
O artigo trata da atividade de distribuição de combustíveis automotivos a granel, com origem em bases das empresas distribuidoras e destino nos postos revendedores. As empresas que atuam nesta atividade econômica trabalham com commodities - gasolina, óleo, diesel e álcool combustível. 
A definição do volume de cada entrega de produtos da distribuidora aos postos revendedores tem grande influência nos custos de ambas as empresas. Do ponto de vista da distribuidora, quanto maior o lote de entrega, menor o numero de viagens e menor será o custos de transporte; do outro lado, do posto revendedor quanto menor o lote, menor será o custo de capital imobilizado em estoques.

O transporte de produtos entre as bases de distribuição e os postos é feito por uma numerosa frota de caminhões-tanque (CT). Esta frota de entrega apresenta grande diversidade de veículos e capacidades, mas a maioria dos CT tem um ponto em comum: seus tanques são compartimentados – funcionam como vários tanques independentes. Esta característica permite que um CT transporte numa mesma viagem, diferentes produtos para um mesmo posto ou transporte cargas segregadas (do mesmo produto ou não) para postos diferentes.
O texto aborda também temas como estoque destacando que na logística atual há consenso quanto a importância de minimização dos estoques – o estoque esta associado a custos tanto na ocorrência de falta quanto na de excesso e logística integrada quando constata que atualmente , frente a realidade da globalização, os estudiosos da logística consideram que a competição não esta mais no nível de empresa x empresa, e sim cadeia de suprimento x cadeia de suprimento.